Paulo Raimundo é o líder que ganha pior. Anda de Fiat, usa gás de botija e ouve concertos em viadutos

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António Pedro Santos / Lusa

-https://youtu.be/K8_C1pu_URM

Com um rendimento bruto de menos de mil euros mensais, 4 filhos, uma cadela e uma tartaruga, pouco sobra a Paulo Raimundo para ouvir a sua banda de eleição, os Metallica.

Paulo Raimundo nunca recebeu no PCP um salário de mais de 3 dígitos. Desde que foi eleito secretário-geral do Partido Comunista, em novembro de 2022, o seu salário aumentou. Ainda assim, continua a ser, de acordo com declarações de rendimentos a que o Observador teve acesso, o líder dos partidos com assento parlamentar que ganha pior — 939,56 euros brutos mensais, pouco acima do salário mínimo nacional.

Por força da lei, o seu salário aumentou na Assembleia da República, mas ainda não foi necessário que entregasse os atuais rendimentos. Contraiu um empréstimo na Caixa Geral de Depósitos e comprou recentemente um T4, de 104 m2, em Alhos Vedros, na Moita.

É proprietário de um automóvel Fiat e nem no casamento cometeu excessos — em vez de uma quinta, escolheu fazer a boda na sede do próprio partido, com uma festa simples onde entraram convidados e “penetras”.

No programa Bom Partido, de Guilherme Geirinhas, o secretário-geral do PCP admite que o seu salário é baixo. “Somos todos mal pagos para aquilo que fazemos”, disse.

No episódio, responde prontamente à pergunta “qual é o preço de uma bilha de gás”, — “36,20€!” — admitindo que ainda usa uma e que a carrega ele próprio.

Tem 4 filhos, e ainda alimenta uma cadela e uma tartaruga. Conta que a filha, recentemente, lhe pediu uma mesada. É por estas bocas a alimentar que falta a Raimundo disponibilidade financeira para ver uma das suas bandas favoritas.

Ao confessar que é grande fã da banda de heavy metal Metallica, conta a história de que a última vez que ouviu uma concerto da banda foi no Rock in Rio, mas… debaixo de um viaduto da Bela Vista.

Não comprou o ingresso, e estacionou o carro perto do recinto, abriu os vidros e “foi espetacular”. “Não é tão bom como estar à frente do palco, mas fechava os olhos… e fingia”.

ZAP //

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