Zangado com o “misterioso algoritmo” de Patrícia Gaspar, Montenegro exige pedido de desculpas

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Manuel Fernando Araújo / Lusa

Luís Montenegro, líder do PSD

O presidente do PSD, Luís Montenegro, exige que a secretária de Estado da Protecção Civil, Patrícia Gaspar, peça desculpas aos portugueses por ter dito que, face à “severidade meteorológica”, a área ardida este ano deveria ser 30% superior.

“Exigimos um pedido de desculpas aos portugueses, às famílias que estão hoje a sofrer este flagelo e também a muitos milhares de pessoas que estão no terreno a combater os incêndios florestais”. Palavras do líder social-democrata que refere que as declarações da governante exemplificam “o estado em que está o Governo”.

“O Governo está em roda livre. Os membros do Governo estão a dizer coisas que são absolutamente inauditas e que nós entendemos com grande perplexidade e estupefação”, acrescenta Montenegro em declarações aos jornalistas.

A secretária de Estado da Protecção Civil afirmou, em entrevista à SIC, que os “algoritmos e dados dizem que a área ardida” deveria “ser 30% superior”. Assim, concluiu que “apesar da complexidade” da situação, “o dispositivo tem estado a responder bem”.

“Dizer ao país, numa altura em que tanta gente está a sofrer no terreno, que, afinal de contas, está tudo a correr mais ou menos bem, porque estimava-se que ainda devia ter ardido mais 30% do que já ardeu, porque há um misterioso algoritmo no Ministério da Administração Interna, é de facto de uma perplexidade”, observa Montenegro.

“Há aqui uma grande desorientação no Governo, na esteira do que acontece noutros sectores”, acrescenta.

Montenegro defende “ajuda extraordinária” à agricultura

Em visita à 41.ª edição da Feira Agrícola do Vale do Sousa – Agrival, em Penafiel, no distrito do Porto, o líder do PSD lamenta, também, as recentes declarações da ministra da Agricultura depois de a Confederação da Agricultura Portuguesa (CAP) ter reclamado mais apoios do Governo para o sector devido à seca.

“A ministra da Agricultura, perante uma reclamação legítima do sector e de uma das confederações mais representativas, veio dizer: esses senhores deviam é estar a explicar porque é que, aparentemente na campanha eleitoral, apelaram a que não se votasse no PS”, recorda Montenegro.

Este tipo de afirmações denota que no Governo, “cada um diz o que quer e não acontece nada”, nota ainda. Enquanto isso, “o primeiro-ministro está impávido e sereno a assistir à degradação da credibilidade, da autoridade, do respeito e de algum humanismo a quem exerce funções públicas”, aponta também.

Sobre as reivindicações da CAP, o líder social-democrata refere que o PSD propõe a adopção de medidas equivalentes àquelas que acontecem em Espanha, “que tornem competitivo o sector agrícola”.

Em concreto, Montenegro defende “uma ajuda extraordinária para o acesso a factores de produção, como os combustíveis e a electricidade e outros, como fertilizantes e vários produtos que são hoje inflacionados, em função daquilo que está a acontecer no mercado de forma generalizada”.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Montenegro e tu quando é que pedes desculpa aos portugueses por quando dizias que os portugueses estavam pior mas Portugal estava melhor, perguntar não ofende: quando é que começas a esclarecer os portugueses sobre o que vais fazer diferente e como caso venhas a ser primeiro ministro? Vai lamber sabão tu e toda a actual classe política, que em vez de apresentarem propostas credíveis fazem política só de criticas e achincalhamento.

  2. O que é que o leader do PSD vem dizer sobre a embrulhada em que está metido um dos seue vices e que explique como uma pessoa destas se encontra á cabeça do estudo para a revisão constitucional. Haja vergonha na cara. Deixe-se de sacudir a água do capote e da maldicência contínua contra tudo e conta todos. O povo não está distraído. Soluções , nem uma apresenta; só critica. Está completamente esvaziado de ideias. Muito mal segue o PSD com a muleta de Passos Coelho.

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