O Ministério Público está a investigar um investimento feito por Joaquim Paulo Lalanda e Castro, ex-líder da farmacêutica Octapharma Portuga, no FC Porto.
O principal arguido no caso da Máfia do Sangue investiu cerca de 2 milhões de euros na compra de uma parte do passe de Walter, avançado brasileiro contratado ao Internacional em 2010.
Em causa está a origem do capital utilizado por Lalanda e Castro nesta operação. Os fundos tiveram origem na Ruby Capital Corporation, uma sociedade offshore que tem Lalanda e Castro como beneficiário e que já é conhecida do Ministério Público desde o caso da Máfia do Sangue, explica o Observador.
Em causa estão suspeitas dos crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais. Como tal, foram realizadas buscas às instalações da SAD do FC Porto e à sede da Convida, empresa pela qual Lalanda e Castro investiu o dinheiro.
O emblema do Dragão manifestou “a sua total disponibilidade para colaborar com a Justiça”. O Ministério Público está também a investigar se a SAD tinha conhecimento da origem do dinheiro.
O investimento de Lalanda e Castro aconteceu antes da FIFA ter proibido a participação de investidores externos aos clubes de futebol na compra de passes de jogadores. Assim, na altura, era perfeitamente legal.
Caso o jogador viesse a ser vendido, o ex-patrão de José Sócrates receberia uma parte do montante. No entanto, o atleta nunca chegou a ser vendido pela SAD portista, tendo sido emprestado sucessivamente até este ano, em que saiu para o Athletico Paranaense.
E então o Rui Pinto nao descobriu?
A lavandaria lava que se farta.