A Nova Zelândia surge no topo da lista, com o resto do top 5 a ser completado por países da Europa Ocidental.
Em busca do equilíbrio perfeito entre trabalho e vida pessoal, uma preocupação crescente para muitos à medida que procuram um estilo de vida mais saudável e bem-estar psicológico, estudos recentes revelam quais são as nações que lideram na harmonia vida-trabalho.
O Índice Global de Equilíbrio entre Vida e Trabalho de 2023, realizado pela Remote, juntamente com os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), oferecem dados valiosos sobre como diferentes países valorizam o tempo fora do trabalho.
Nova Zelândia
No topo do ranking da Remote, a Nova Zelândia se destaca com 26 semanas pagas de licença de maternidade, um salário mínimo elevado e generosas férias estatutárias, refletindo um compromisso nacional com o bem-estar dos trabalhadores.
Contudo, a cultura do país em torno do trabalho, que valoriza o tempo em família e o lazer acima das demandas profissionais, é o que verdadeiramente define o seu sucesso. Ainda assim, desafios como um alto custo com cuidados infantis e um dezembro improdutivo, onde as tarefas de trabalho são postas em segundo plano, mostram que até o melhor sistema tem as suas falhas.
Espanha
A Espanha, ocupando o segundo lugar, é elogiada pela sua generosa quantidade de férias anuais e um forte foco no lazer e nos cuidados pessoais. Mudanças nas horas de trabalho e a prática da ‘jornada intensiva’ demonstram um esforço para adaptar-se às necessidades modernas sem perder o valor da pausa para o almoço tradicional. A cultura espanhola, que desvincula a identidade pessoal do trabalho, proporciona um ambiente onde a vida fora do escritório é rica e valorizada.
Dinamarca
Na Dinamarca, a distinção entre trabalho e tempo pessoal é clara e respeitada. Com horários de trabalho definidos e uma ênfase em tempo de qualidade com a família, o país demonstra que é possível ser produtivo sem sacrificar a vida pessoal. Este equilíbrio é sustentado por políticas como férias anuais extensas e suporte para trabalho flexível, mostrando o compromisso da Dinamarca com o bem-estar dos trabalhadores, aponta a BBC.
França
A França destaca-se pela sua dedicação ao tempo pessoal e ao lazer, com uma média de 16,2 horas por dia dedicadas a estas atividades, segundo a OCDE. A ênfase na cultura e no descanso, visível na cultura dos cafés, exemplifica a prioridade francesa de viver bem fora do ambiente de trabalho. Apesar de algumas indústrias exigirem longas horas, o ethos nacional inclina-se fortemente para o equilíbrio.
Itália
A Itália, famosa pela sua abordagem relaxada ao trabalho, permite que os seus cidadãos desfrutem de uma quantidade significativa de tempo de lazer, encorajando um estilo de vida onde o trabalho não domina. A produtividade não é medida por horas no escritório, mas pelo que é alcançado, permitindo longas pausas e apreciação do tempo livre. Contudo, este ritmo de vida mais lento pode ter impacto na eficiência em tarefas burocráticas, destacando um compromisso cultural com a qualidade de vida em vez da produtividade incessante.
O Impacto Global
Estes dados sobre o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal em diversos países oferecem uma perspectiva valiosa sobre como diferentes culturas priorizam o bem-estar e a felicidade. Desde a abordagem relaxada da Nova Zelândia e da Espanha até a organização estruturada da Dinamarca, e a rica vida cultural da França e Itália, é evidente que não há uma única maneira de alcançar o equilíbrio perfeito.
