Padres suspeitos de abusos sexuais a menores continuam no ativo

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Maioria das vítimas são homens e os alegados abusos terão começado quando estes não tinham mais do que dois anos

Há padres que foram alvo de queixas por terem cometido abusos sexuais contra menores no exercício da sua atividade ainda no ativo, sendo que a alguns beneficiam de proteção de outros membros da hierarquia religiosa. A notícia é avançada pelo semanário Expresso, na edição desta sexta-feira, que cita uma fonte judicial não ser identificada e surge na mesma semana em que a Comissão Independente designada pela Conferência Episcopal anunciou a recolha de 290 queixas.

Destas, especificou o juiz Laborinho Lúcio, 16 foram remetidas para o Ministério Público, que tem estruturas com condições para iniciar processos-crimes e investigar com mais detalhe as denúncias. As investigações propriamente ditas ficarão a cargo da Polícia Judiciária, organismo com competências legais para o fazer.

De acordo com a mesma fonte citada pelo Expresso, os 16 casos têm protagonistas padres suspeitos de abusos ou responsáveis que tentaram ocultar ou abafar o sucedido. Tal foi possível através de transferências para outras paróquias ou cidades. “Há indícios de ocultação”, reconheceu Pedro Strecht, coordenador da equipa.

No que respeita aos 16 casos reportados ao Ministério Público, as vítimas têm menos de 20 anos, pelo que os eventuais crimes de abuso sexual de menores não prescreveram, ao contrário do que aconteceu com as denúncias feitas à Comissão Independente. Tal como já havia sido avançado na conferência de imprensa, a maioria das vítimas são homens e os alegados abusos terão começado quando estes não tinham mais do que dois anos.

Ainda de acordo com o Expresso, alguns dos suspeitos surgem em mais do que uma queixa, havendo também escuteiros entre as vítimas, estudantes do Seminário e raparigas que hoje são freiras.

ZAP //

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