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Oxfam: mais 26 casos denunciados e cada vez menos financiamento

A Oxfam revelou que recebeu 26 novas denúncias de má conduta sexual por parte de funcionários. A confirmação foi dada esta terça-feira por Mark Goldring, presidente executivo da organização, no parlamento britânico.

Desde que o escândalo sexual da Oxfam no Haiti rebentou, surgiram 26 novos casos de má conduta sexual na organização não governamental de caridade por parte de funcionários. Entre estes novos casos, 16 relacionam-se com os programas internacionais da organização.

Mark Goldring, presidente executivo da Oxfam na Grã-Bretanha, explicou esta terça-feira aos membros do parlamento britânico que foi a própria organização que pediu novas denúncias e queixas, avança o Independent.

“Temos cerca de 26 histórias, denúncias que nos chegam. Ou são denúncias que surgem como resultado das histórias ou histórias anteriores em que as pessoas disseram ‘eu não denunciei isto na altura'”, disse Goldring aos deputados britânicos. “Durante um longo período de tempo”, não irá falar sobre estas denúncias mais recentes, garante.

As declarações do presidente executivo aconteceram durante a sessão do Comité Internacional para o Desenvolvimento, que anunciou a abertura de um inquérito sobre exploração sexual no setor da solidariedade.

No que diz respeito ao financiamento, a Organização Não Governamental (ONG) tem registado perdas significativas. De acordo com o Observador, foram cancelados sete mil débitos diretos de doações e a bolsa governamental está bloqueada até que o executivo tenha a certeza de que “os parceiros podem corresponder aos padrões elevados”.

No parlamento, o CEO explicou que a Oxfam vai continuar a querer “que as pessoas falem, estejam onde estiverem e quando quer que seja que isto tenha acontecido”.

O diretor da Oxfam no Haiti não foi despedido. Em vez disso, foi-lhe oferecida “uma saída gradual e digna” caso colaborasse com a investigação. Renunciou ao cargo que ocupava e saiu sem sequer um processo disciplinar.

Outros dois membros da direção foram despedidos por contratação de prostitutas, assédio e por mentirem nos currículos e outros quatro funcionários foram afastados por conduta inapropriada.

ZAP //

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