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Há uma relação entre a oscilação do Ártico e o risco de incêndio na Sibéria

M.Hoppmann / Alfred Wegener Institute

Segundo uma recente investigação, a oscilação do Ártico pode aumentar as temperaturas do final do inverno na Sibéria, um resultado que pode levar ao aumento dos incêndios florestais na primavera.

Investigadores do Reino Unido, Coreia do Sul e Japão analisaram um período climático global de 20 anos e descobriram que a oscilação do Ártico pode aumentar as temperaturas do final do inverno na Sibéria. Isto, pode levar ao aumento dos incêndios florestais na primavera, adianta o artigo científico, publicado recentemente na Science Advances.

Em algumas partes do mundo, não são precisas interações humanas para que seja adicionado mais dióxido de carbono à atmosfera – a própria natureza encarrega-se desse trabalho e as regiões do Ártico são um desses lugares.

À medida que a temperatura aumenta, o permafrost derrete, libertando dióxido de carbono armazenado. Este fenómeno fez com que as temperaturas das regiões mais altas do Ártico se tornassem mais quentes, em comparação com outras partes do planeta, adianta o Phys.org.

Devido aos padrões opostos de pressão do ar nas latitudes médias e no Ártico, os padrões de circulação de ar emergem no hemisfério norte. Estes padrões, conhecidos como oscilação do Ártico, podem ter um impacto dramático no clima nas áreas abaixo destes pontos.

Durante a sua “fase positiva”, a pressão do ar no Ártico cai abaixo da dos oceanos Pacífico e Atlântico, empurrando massas de ar para o norte da Sibéria, resultando em invernos mais quentes – o que, por sua vez, significa derretimento da neve. Os cientistas descobriram ainda que este derretimento pode levar a um aumento de incêndios florestais.

Além de colocar em risco vidas e propriedades na Sibéria, um aumento nos incêndios florestais significa que mais dióxido de carbono é libertado na atmosfera, aumentando ainda mais a quantidade já existente de CO2 e contribuindo para as alterações climáticas.

Estas descobertas são importantes na medida em que os meteorologistas poderão alertar os moradores sobre um eventual derretimento iminente de neve e um aumento subsequente de incêndios florestais caso acompanhem a oscilação do Ártico – o que permitiria à população tomar ações proativas para de proteger.

ZAP //

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