Oscar Piastri foi piloto de Fórmula 1 apenas por algumas horas (mas a ascensão à categoria será inevitável)

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Lukas Raich

Fernando Alonso aos comandos de um Alpine, na temporada de 2021

Piloto australiano desmentiu a equipa francesa após esta o ter anunciado como piloto para a próxima temporada e como resposta à saída de Fernando Alonso. 

A silly season da Fórmula 1 está a ser tudo menos silly em 2022. O anúncio de Sebastian Vettel, na última sexta-feira, no qual dava conta do fim da sua bem sucedida carreira (com quatro títulos mundiais) foi a primeira peça que desencadeou a queda de um dominó de pilotos que promete não se equilibrar tão cedo. Como resposta à saída do alemão, a Aston Martin confirmou ontem que Fernando Alonso (três vezes campeão do mundo) irá fazer dupla com Lance Stroll na próxima temporada, deixando a Alpine desfalcada.

Otmar Szafnauer, chefe da equipa francesa, reconheceu esta manhã que a saída do espanhol apanhou todos de surpresa, já que na reunião que se seguiu ao Grande Prémio da Hungria todos ficaram convencidos de que Alonso permaneceria – apesar de os rumores sobre a sua saída se terem tornado insistentes nas últimas semanas.

Na missão de substituir o lugar deixado vago pelo piloto de Oviedo, a Alpine tinha aparentemente missão facilitada. Ao longo da presente temporada contava com Oscar Piastri (australiano) como piloto de desenvolvimento do seu monolugar, já que após a conquista dos campeonatos de Fórmula 3 e Fórmula 2 ficou sem margem de progressão para a principal categoria. O passo parecia óbvio e, ao início da tarde de hoje, a Alpine fez o anúncio.

Recorrendo aos seus canais oficiais, fez saber que a sua dupla de pilotos seria composta por Esteban Ocon e Oscar Piastri. No entanto, e como muitos foram rápidos a perceber, a comunicação não seguia o esquema tradicional, já que não contava com as declarações do piloto em questão nem este reagiu nas suas redes sociais ao que deveria ser o momento mais emocionante da sua ainda curta carreira. No ar pairava o acordo feito entre Piastri e a Mclaren, no início da temporada, para que o australiano assumisse os comandos do monolugar papaia caso algum dos pilotos da casa estivesse impossibilitado de o fazer – por exemplo, por contraírem covid-19.

A confirmação de que algo estava efetivamente errado surgiu poucas horas após o primeiro anúncio. Através dos seus canais oficiais, Piastri esclarecia que o comunicado da Alpine teria sido feito sem o seu consentimento e que, ao contrário do que fora divulgado, não irá conduzir pela marca francesa no próximo ano. A recusa do convite, especulam os media internacionais, estará certamente relacionada com a proposta de outra equipa, muito provavelmente a Mclaren.

Caso esta opção se confirme, a entrada de Piastri pode indicar a porta de saída para o seu único compatriota na modalidade: Daniel Ricciardo, que desde que se juntou à equipa de Woking tem lutado para reconquistar a forma que outrora o levou a vencer corridas.

Ana Rita Moutinho, ZAP //

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