/

“Os tempos mudaram”. Homer Simpson não voltará a estrangular o seu filho Bart

3

34 anos, 750 episódios e inúmeras agressões depois (como se vê no vídeo acima), é oficial: Homer já não estrangula Bart em “Os Simpsons”.

A reprimenda de pai para filho era uma das piadas regulares no programa que se mantém no ar 34 anos e 750 episódios depois da estreia.

O momento era sempre marcado por uma das frases de marca de Homer “Are you little!”, seguida de um ataque a duas mãos ao pescoço do seu filho, Bart Simpson, que fazia os seus olhos saltarem-lhe da cara.

Agora, após quatro temporadas sem estrangulamentos, é oficial: Homer Simpson não vai voltar a esganar Bart no infame desenho animado “Os Simpsons”.

A revelação surge diretamente do pai de família no terceiro episódio da temporada 35, em que Homer confessa após ver o seu forte aperto de mão elogiado: “vês, Marge [a mãe da família Simpson]? Estrangular o rapaz valeu a pena! Estou a brincar, já não faço isso. Os tempos mudaram.”

Após várias reprimendas, Homer aprendeu

O momento de violência recorrente tem vindo a ser alvo de críticas dos fãs da série há anos — e até já havia sido abordado diretamente em alguns episódios.

O sétimo episódio da temporada 22 é dedicado ao estrangulamento. Nele, Homer vê-se forçado pela esposa a frequentar uma aula de parentalidade para parar de agredir Bart. O gigante e ex-estrela da NBA, Kareem Abdul Jabbar encarrega-se de mostrar a Homer “como é sentir-se jovem, pequeno e aterrorizado”. Quando regressa a casa, um Homer traumatizado já não consegue estrangular Bart.

No entanto, o trauma durou pouco: duas temporadas mais tarde, Homer volta a esganar o filho em público.

Esta também não é a primeira vez que o famoso cartoon faz alterações ao seu alinhamento conhecido pela consistência.

A série já tinha estado sob fogo devido à personagem Apu, acusado de promover estereótipos raciais.

A controvérsia sobre o caráter do comerciante imigrante Apu Nahasapeemapetilon intensificou-se em 2017, quando o norte-americano de origem indiana, Hari Kondabolu, fez um documentário no qual afirmava que Apu fora criado com base em estereótipos raciais.

Em declarações à BBC, Kondabolu disse que esta era uma personagem problemática porque era definida pela sua profissão, pelo número de filhos e pelo casamento ‘arranjado’.

No documentário — “The Problem with Apu” —, o norte-americano disse que Apu era uma das únicas representações dos sul-asiáticos na televisão norte-americana e que, quando era jovem, as crianças imitavam a personagem para gozarem com ele.

Muitas pessoas apoiaram esta crítica, mas também houve quem defendesse o programa, destacando que todas as personagens dos “Simpsons” eram estereótipos.

Tomás Guimarães, ZAP //

3 Comments

  1. Mas há coisas que só servem para fazer rir e para entreter. Que porra, levam tudo à letra. É só flores de estufa que não sabem distinguir a ficção da realidade.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.