Os ingleses analisaram a linguagem corporal de Ruben Amorim e já detetaram “red flags”

Ruben Amorim ainda nem sequer se estreou, oficialmente, como treinador do Manchester United e os ingleses já andam em cima dele. “O que dizem os teus olhos, Amorim?”

O Manchester United, atual 12.º classificado da liga inglesa, desloca-se este domingo ao terreno do 19.º Ipswich Town.

Às 16h30, em Portugal e Inglaterra, os olhos vão estar postos na estreia de Ruben Amorim, no comando técnico dos Red Devils.

Mas já ontem, na habitual conferência de imprensa, à sexta-feira, as atenções recaíram nas palavras e nos gestos de Amorim.

O Daily Mail contou com a ajuda de um especialista para decifrar a linguagem corporal do treinador português. Judi James, especialista em linguagem corporal, destaca, pela positiva, o carisma, bom humor, diversão e entusiasmo.

“Amorim cria uma imagem muito apelativa”, disse Judi James, salientando que a “linguagem corporal de Amorim é muito apreciada em termos de caraterísticas de simpatia”.

“Feliz e descomplicado”

O especialista diz que o treinador de 39 anos tem um sorriso apelativo que se transforma também em sinais de escuta ativa, quando lhe são feitas perguntas.

“O seu sorriso é apelativo. Com o queixo baixo, parece feliz e descomplicado, o homem certo para inspirar um clube com problemas. O seu sorriso é contagiante. Antes mesmo de abrir a boca, a equipa já deve estar a sorrir de novo”, descreveu.

Além disso, Amorim “não tem o ar assombrado de outros treinadores” e parece confortável e desejoso de comunicar, em vez de cauteloso e relutante.

A esperança é mesmo essa – que, mais de 10 anos depois do “adeus” de Sir Alex Ferguson – toda a gente no United volte a ser feliz. Algo que nunca parece ter acontecido de forma regular, desde então.

Mas cuidado com as “red flags”

Judi James alerta, no entanto, que se Amorim estivesse numa entrevista de emprego, “a sua linguagem corporal seria tida como um sinal de alerta”.

“A sua gesticulação é frequentemente incongruente, o que significa que está em contraste com as suas mensagens verbais, criando uma impressão de auto-flagelação”, teoriza.

O especialista exemplifica que Amorim, quando ouve, usa o sorriso cativante e a boca abre-se ligeiramente para sugerir entusiasmo e abertura; mas quando se prepara para responder, vira a cabeça para o lado e desvia o olhar.

No entanto, Judi James refere que ainda é cedo para tirar conclusões sobre estes gestos, uma vez que podem dever-se a problemas de tradução:”Ele pode estar a desviar o olhar para se concentrar no seu inglês. Mas parece evasivo”.

“O que dizem os teus olhos?”

Quando lhe perguntaram o que o faz acreditar que é a pessoa indicada para o United, Judi James notou que Amorim “começou a coçar o pulso num ato de distração”, desviando o olhar para dizer “acredito em mim próprio”.

O português também terá torcido as as mãos, estalado e entrelaçado os dedos, “numa demonstração do que parece ser uma ansiedade interior”, esfregando também os polegares nos dedos num ritual de auto-conforto.

Já quando lhe perguntaram sobre a primeira impressão do plantel, tendo admitido que havia espaço para melhorar, Amorim volta a estalar os dedos num ritual que sugere que pode ser mais exigente e firme do que parece. Além disso, os especialista identificou traços de gaguez quando disse que acredita na equipa.

Judi James também identificou um traço verbal de dissociação quando se refere a “Tu sentes” ou “Tu tens” em vez de “Eu”, o que sugere algum distanciamento atual, embora, mais uma vez, admita que possa ser um traço linguístico.

Miguel Esteves, ZAP //

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