Golfinhos fêmea assobiam num tom mais alto quando comunicam com as suas crias, numa tentativa de criar laços e comunicar com os bebés.
O comportamento assemelha-se à prática comum — e quase instintiva — dos humanos de “falar à bebé”, um padrão de discurso alterado verificado na grande maioria das culturas e comunidades do mundo.
O assobio dos golfinhos, usado frequentemente para nomear outros elementos do grupo, é diferente em todos os golfinhos e uma equipa do Instituto Oceanográfico de Woods Hole, nos EUA, quis saber se essa manifestação vocal sofre alterações quando as mães comunicam com os seus ‘filhotes’.
Para testar estes padrões, a equipa analisou os assobios de 19 fêmeas tursiops na Florida, gravados ao longo de um período de 34 anos — tanto na presença e na ausência das suas crias.
Verificou-se efetivamente, segundo o New Scientist, que as mães golfinho produziam sons mais agudos com frequências mais altas. Apresentaram, também, um leque muito maior de frequências do que nos momentos em que não estavam acompanhados das crias.
“A subtil mudança na frequência mais alta que os golfinhos usam reflete as mudanças de tom que vemos nos humanos”, afirma o membro da equipa, Frants Jensen, que afirma que estas modificações vocais podem promover o ensino vocal nos golfinhos, apesar de não haver provas concretas.