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Operadoras de telecomunicações “funcionam em regime de oligopólio”, diz Anacom

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O presidente da Anacom diz que as operadores de telecomunicações “funcionam em regime de oligopólio”, criticando a sua postura perante as regras do leilão do 5G em Portugal.

Esta segunda-feira, João Cadete de Matos esteve no programa “Tudo é Economia” da RTP3, no qual frisou a necessidade de promover a concorrência no setor das telecomunicações em Portugal.

“É claro que quando falamos em promover a concorrência as empresas que funcionam num regime de oligopólio e têm as suas ofertas pouco competitivas e comparam desfavoravelmente com os restantes países europeus, não apreciarão essa política de regulação, mas é aquilo que é feito em Portugal como noutros países”, explicou o presidente da Anacom, citado pelo Jornal Económico.

No mês passado, a NOS considerou que as regras do leilão do 5G “são absolutamente ilegais, inaceitáveis e desastrosa”” para o setor e para o país, depois de o grupo Vodafone ter dito que pondera “licitar menos espectro” ou até “não licitar”.

“Se as regras não forem alteradas estaremos a condenar Portugal à irrelevância na futura economia digital, prejudicando, assim, de forma irreversível a competitividade das empresas e a evolução do nível de vida dos portugueses”, rematou fonte oficial da NOS.

João Cadete de Matos defende que a posição da Anacom, “quer para o 5G, quer de outras frequências que vão ser atribuídas neste leilão e que visam precisamente promover a concorrência”, é a de fazer com que o espectro esteja disponível para quem quiser entrar no mercado.

ZAP //

3 Comments

  1. Wikipédia:
    O oligopólio corresponde a uma estrutura de mercado de concorrência imperfeita, no qual o mercado é controlado por um número reduzido de empresas, de tal forma que cada uma tem que considerar os comportamentos e as reações das outras quando toma decisões de mercado.

    No oligopólio, os bens produzidos podem ser homogéneos ou apresentar alguma diferenciação sendo que, geralmente, a concorrência se efetua mais em termos de factores como a qualidade, o serviço pós-venda, a fidelização ou a imagem, e não tanto em termos do preço.[1]

    As causas típicas do aparecimento de mercados oligopolistas são a escala mínima de eficiência e características da procura. Em tais mercados existe ainda alguma concorrência, mas as quantidades produzidas são menores e os preços maiores do que nos mercados concorrenciais, ainda que relativamente ao monopólio as quantidades sejam superiores e os preços menores.[1]

    O oligopólio pode permitir que as empresas obtenham lucros elevados a custo dos consumidores e do progresso econômico, caso a sua atuação no mercado seja baseada em cartéis, pois assim terão os mesmos lucros como um monopólio[3]

    Em outras palavras: Portugal é um mercado onde tudo custa mais por não ser suficientemente grande para a livre concorrência funcionar

  2. Tanta preocupação do governo e dos serviços de saúde do país com a pandemia do vírus chinês! Pura hipocrisia, para quem esta corrida pelo “progresso” da economia digital, mais uma vez, apenas olha para as negociatas, preocupadíssimos com as regras dos abutres e despreocupadíssimos por estarem a prejudicar, “assim, de forma irreversível”, a vida sã nas empresas “e a evolução do nível de vida” e da saúde dos portugueses.”
    A rede 5G é um verdadeiro atentado contra a saúde pública em Portugal, um crime hediondo e genocida, já denunciado por inúmeros especialistas da saúde, por todo o mundo. Será mais um crime contra a humanidade em nome do progresso, que não respeita nem homens, nem animais, nem a natureza.
    Quem só olha aos lucros, deverá pagar os prejuízos futuros e indemnizar as vítimas da sua ganância.

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