Operadoras resistem a anunciar aumentos de preços

(dr) Pexels

A Meo continua sem “plano para alteração de preços”, mas sublinha que a maioria dos clientes têm contratos indexados à inflação.

Já subiram os preços da luz e do gás, sendo que os das rendas, das portagens e até a da manutenção do elevador do prédio aumentam em janeiro.

As despesas das famílias portuguesas continuam a crescer, à medida que as empresas vão anunciando aumentos para cobrir os próprios custos. No entanto, as telecomunicações ainda não anunciaram aumentos.

O setor das telecomunicações também tem tido desafios e não se compromete a manter os preços. Mas as principais operadoras de telecomunicações garantem ainda não ter mexido nas faturas mensais dos clientes, noticia a ECO.

Ajuik é, no entanto, alta, tendo em conta a taxa de inflação, que parece não querer dar sinais de abrandar.

“A esta data, não é possível antecipar a expressão ou timings de eventuais alterações de preços”, afirmou a fonte oficial da Vodafone Portugal, esta terça-feira.

O “contexto de inflação” também está a ser “monitorizado pela equipa de gestão da Altice Portugal com o objetivo de mitigar efeitos na estrutura e na operação. De momento não há qualquer plano para alteração de preços“, garante a Meo.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai publicar esta quarta-feira a estimativa rápida da evolução do Índice de Preços no Consumidor em agosto.

Os dados vão permitir calcular já, por exemplo, o coeficiente para a atualização das rendas em janeiro de 2023, ainda que numa versão preliminar.

A taxa deverá continuar elevada, à semelhança do que está a acontecer um pouco por todo o mundo ocidental, no contexto da guerra e da crise energética.

As operadoras tem consciência disso e admitem que não vai ser fácil não passar, ainda que parcialmente, este aumento de custos para a respetiva base de clientes.

A Vodafone já tinha afirmado em maio que estava “a fazer um esforço para que [a conjuntura] não se reflita nos preços — que, em Portugal, são dos mais baixos a nível europeu. No entanto, admitiu que não se podia comprometer.

“A expressiva taxa de inflação a que temos estado sujeitos tem colocado à Vodafone enormes desafios internos de forma a evitar refletir esses impactos nos preços dos serviços. Contudo, esse é um esforço não compatível com a expressão da taxa de inflação ou com o seu caráter de médio longo prazo”, afirmou mais recentemente.

“O setor é fortemente impactado pela inflação, em particular pelos custos de energia e dos combustíveis, bem como pelos distúrbios das cadeias logísticas e consequente aumento de preços e prazos de entrega dos equipamentos. Este aumento de custos tem impacto acrescido num momento em que a Vodafone está a desenvolver múltiplos planos de modernização da rede e de implementação do plano de obrigações de cobertura 5G”, rematou ainda.

ZAP //

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