Em causa está uma pen-drive com nomes e outros dados de agentes do SIS e SIED, da Polícia Judiciária e da Autoridade Tributária.
Durante as buscas realizadas no gabinete de trabalho de Vítor Escária, antigo chefe de gabinete de António Costa (as mesmas buscas que encontraram no escritório 75 mil euros em numerário), constava na lista de artigos uma pen-drive.
Estava “num saco de plástico transparente de pequenas dimensões, localizada num cofre sito no gabinete do buscado”.
Agora, o Ministério Público abriu uma nova investigação ao objeto que, conforme avança a revista Sábado, pode constituir um eventual crime de violação do Segredo de Estado. A decisão terá sido tomada em dezembro.
Isto porque, na pen-drive, constavam nomes e outros dados de centenas de agentes do SIS
(Serviço de Informações de Segurança) e SIED (Serviço de Informações Estratégicas de Defesa), espiões e inspetores da Polícia Judiciária e Autoridade Tributária.
Na altura das buscas, em novembro de 2023, que o advogado de Vítor Escária, André Matias de Almeida, assegurara que o conteúdo do dispositivo de armazenamento estava “excluído do mandado de busca”, e uma fonte próxima do ex-chefe de gabinete garante que este nunca abriu o seu conteúdo.
Tiago Rodrigues Bastos, outro advogado, assegura que o seu cliente “nunca foi questionado” sobre o conteúdo da pen-drive.
Porém, essas alegações de nada serviram junto de Rosário Teixeira, o procurador que acompanhava a operação.
O 75k nunca abriu o conteúdo… estar na sua posse é que é estranho, como é possível isto chegar às mãos destes indivíduos? Isto sim, são casos de Segurança Nacional que se brinca neste país. Porque tinha e como chegou a pen às mãos do 75k?