/

As ondas sonoras são uma forma de antigravidade

4

O heavy metal, conhecido por ser um tipo de música pesado é, na verdade, o oposto. As ondas sonoras têm massa, mas negativa. Por outras palavras, o som flutua para cima.

Um grupo de cientistas escreveu um artigo científico no qual explicam que as ondas sonoras têm massa, o que significa que o som é afetado pela gravidade.

Angelo Esposito, da Columbia University, nos Estados Unidos, explica que a recente investigação baseia-se em estudos anteriores que sugerem que os fotões têm massa em superfluidos. No entanto, este artigo mais recente leva a investigação a outro patamar e adianta que os fotões podiam ter massa noutros tipos de materiais também – como líquidos, sólidos regulares e até no próprio ar.

A massa real dos fotões é, provavelmente, muito pequena, mas grande o suficiente para ser mensurável. No entanto, fazer essa medição revelaria lago muito estranho: a massa dos fotões seria negativa – isto é, em vez de cair, os fotões “cairiam para cima”.

Esta queda “ao contrário” significa que os fotões se afastariam de uma fonte gravitacional como a Terra.

“Se a massa gravitacional fosse positiva, os fotões cairiam para baixo”, afirma um físico, citado pelo Interesting Engineering. À semelhança dos objetos com massa positiva, a “agressividade” da queda depende do material pelo qual estas partículas estão a passar.

Por exemplo, em movimentos sonoros de água a 1,5 quilómetros por segundo, a massa negativa do fotão provocaria um desvio de cerca de 1 grau por segundo. Mas quebrar este desvio é quase impossível de medir, uma vez que se trata de uma mudança de apenas 1 grau ao longo de 15 quilómetros.

Mas há uma forma mais viável de fazer esta medição – num meio em que o som viaja muito devagar. O hélio superfluido poderia ser a chave, dado que neste ambiente o som da velocidade pode ser tão lento quanto centenas de metros por segundo (ou menos).

Além disso, os cientistas sugerem que uma outra forma de tentar medir a massa pode passar por procurar sinais óbvios de fotões portadores de massa, examinando ondas sonoras extremamente intensas. Neste caso, precisaríamos de um evento que gerasse um tremendo som, como um terramoto.

De acordo com os dados de Esposito, um terramoto de magnitude 9 libertaria energia suficiente para que os relógios atómicos pudessem ser usados para medir a mudança na aceleração gravitacional da onda sonora do sismo. No entanto, esta experiência não passa da teoria, já que esta tecnologia sensível ainda não existe.

Apesar de não afetar o nosso quotidiano, esta descoberta é intrigante para a comunidade científica, e prova que há sempre algo a aprender sobre o mundo que nos rodeia. As descobertas foram publicadas recentemente no Physical Review Letters.

“Até agora, pensávamos que as ondas sonoras não transportavam massa“, afirmou a cientista Ira Rothstein, da Universidade Carnegie Mellon. “Neste sentido, é um resultado realmente notável.”

ZAP //

4 Comments

  1. Os cientistas podem te-lo só descoberto agora mas o ser humano já o sente desde sempre ; por isso a música nos transmite tantas emoções e ate serve de terapia. Há muitas coisas que sendo ,pelo menos para já, impossiveis de ser medidas ou descobertas pela ciência que o ser humano sente no corpo e na alma.

  2. Quanto a matéria “As ondas sonoras são uma forma de antigravidade”, está escrito fotões onde deveria ser fonãos. Verifiquei o artigo original a pouco.
    Abraço!

    • Na vdd pelo que eu entendi, não seria uma forma de anti-gravidade, mas sim atingida pela gravidade de forma contrária, subindo em vez de descer. Sendo assim seria um tipo de anti-matéria, digamos assim. Uma matéria ou semi-matéria(se é que da para definir assim) com massa negativa.

      • Sim! Sim! É isso mesmo. Entre as aspas eu coloquei o título da matéria.
        Na verdade essa massa negativa e só a massa efetiva. No caso do artigo, os autores deixam claro que não precisa apelar para relatividade e nem para a quântica. A massa negativa seria um saldo negativo de massa devido a um pequeno fluxo material de sentido contrário ao da propagação do fonão. Eles explicaram bem pra um modelo fluido, mas não conseguiram explicar o motivo do fenômeno poder acontecer no estado sólido também.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.