Olá, verão! Cinco factos sobre o solstício estival

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Está a chegar o solstício que marca a chegada do verão, no hemisfério norte.

Também conhecido como solstício estival, o solstício de verão acontece quando um dos pólos da Terra tem a inclinação máxima em direção ao Sol.

Quer dizer que, quando esse dia chega, o Sol atinge a sua posição mais alta no céu e, por isso, é também o dia em que a Terra tem maior período de luz do dia.

É um fenómeno que ocorre duas vezes por ano – uma em cada hemisfério – esta quinta-feira o verão chega ao hemisfério norte.

Teoricamente, a data do solstício de verão é 21 de junho e marca o dia mais longo do ano, mas isso nem sempre acontece…

O The Universe fez uma lista de cinco factos inesperados sobre o solstício de verão.

Quando é o dia mais longo do ano?

Não é totalmente verdade que o solstício de verão ocorre sempre no dia 21 de junho.

Num ano bissexto, por exemplo, o solstício do hemisfério norte acontece no dia 20.

Isso faz com que nos anos comuns a noite entre 21 e 22 de junho seja a mais curta do ano. No entanto, nos anos bissextos é a passagem de 20 para 21 que fica com esse cunho.

Isso acontece porque a duração da órbita da Terra em torno do Sol tem 365 dias e quase seis horas, mas nos anos comuns não se contabilizam as quase seis horas a mais.

Como os anos bissextos – de quatro em quatro anos – se acrescenta um dia para compensar o que não é contabilizado nos anos comuns, o solstício de verão costuma recuar um dia.

E quanto à noite mais curta do ano?

A duração do dia/noite varia em cada local da Terra.

Segundo o exemplo dado pelo The Universe: em Kiev, durante o solstício de junho, a noite vai durar 7 horas 46 minutos e 40 segundos.

Mas em Chernihiv, outra cidade ucraniana, durará 7 horas e 21 minutos, em Odesa, também na Ucrânia, 8 horas e 11 minutos.

No Círculo Polar Ártico nem sequer se vai ver o escuro da noite.

Solstício de verão Hemisfério Norte 2023

O evento tão esperado que marca a entrada no verão, e que este ano terá como cabeça de cartaz um calor abrasador, vai ocorrer às 14h58, em Portugal Continental, quando forem 13h58, nos Açores.

A essa hora, a inclinação axial máxima da Terra em direção ao sol será de 23,44º, e, nesse momento, dar-se-à, oficialmente, a entrada no verão, no hemisfério norte.

O evento não coincide com o meio-dia astronómico, uma vez que o solstício é determinado pela posição da Terra em órbita, e não pela rotação em torno do eixo.

O “Trópico de Câncer”

O Trópico de Câncer é uma linha imaginária paralela à linha do Equador.

Situa-se no hemisfério norte e delimita as zonas equatorial e subequatorial norte.

É a linha mais a norte na superfície do globo, na qual, ao meio-dia, o Sol está exatamente acima – no zénite – e que só acontece uma vez por ano.

O zénite é o termo que designa o ponto intercetado por um eixo vertical traçado, a partir do local de observação e que se prolonga até à esfera celeste. Ou seja, é a parte do céu que está sobre a cabeça de quem observa.

Tradicionalmente, o ponto do solstício de verão costuma ser designado pelo signo ‘Câncer’. No entanto, como conta o The Universe, devido à mudança do eixo da Terra, há muito tempo não tem relação com esta constelação.

Nos últimos séculos, o ponto do solstício de verão estava na constelação de Gémeos e, em 1988, mudou-se para Touro.

São Verão, Santo Bonito…

No hemisfério norte, as festas juninas – festas dos santos populares – são uma celebração da chegada do verão.

Um grande número de tradições, principalmente, na Europa, está associado ao solstício de verão e à adoração do fogo.

Entre as festas que dão as boas-vindas ao verão destaca-se a celebração dia de São João Baptista – logo das primeiras – que se celebra dia 24 de junho.