Se compararmos os antigos oceanos da Terra com os atuais, chegamos à conclusão de que a água é muito mais insossa atualmente.
Os antigos oceanos da Terra eram muito mais salgados, com um nível de sal que podia atingir os 7,5%. Atualmente, os oceanos têm, no máximo, 2,5%.
O halogéneo é um material essencial em alguns dos processos fundamentais da formação e evolução do nosso planeta, que torna, inclusive, a vida na Terra possível. Nesta investigação, os cientistas propuseram-se a determinar a quantidade de material halogéneo estável existente no nosso planeta.
O material halogenado inclui elementos como o flúor, o cloro (encontrado no sal), o bromo e o iodo, que produzem uma gama de sais quando reagem com metais.
A presença de halogéneos na água do mar é particularmente importante devido à importância dos oceanos na vida na Terra. “A química da água do mar dita não só a acidez do oceano, mas também a forma como o dióxido de carbono é dividido entre a atmosfera e o oceano”, explicou Meng Guo, citado pelo Tech Explorist.
Os cientistas criaram então um novo método utilizando uma nova ferramenta algorítmica para medir a abundância de halogéneos. Além disso, reuniram os artigos científicos mais recentes que analisam a forma como outros elementos percorrem as camadas superficiais e interiores da Terra.
As descobertas sugeriram que o cloreto e outros halogéneos foram expulsos do interior do planeta durante os primeiros 500 milhões de anos do nosso planeta.
Este fenómeno levou-os para mais perto da superfície da Terra e dos oceanos, tendo sido de novo depositados no interior do manto.
“A nossa descoberta é o oposto completo da sabedoria convencional”, constatou Jun Korenaga, professor da Universidade de Yale. O artigo científico com os resultados deste estudo foi publicado na PNAS.