Deus não é “ele” nem “ela” — é o que defende a ONG britânica Watch, que representa o interesse das mulheres na igreja anglicana.
A organização foi acusada de tentar “reescrever” a doutrina cristã ao encorajar as pessoas a usar o pronome feminino para falar de Deus.
Jody Stowell, pároca da igreja St Michael & All Angels em Londres e membro da Watch, rejeita as acusações e diz que “a discussão não é sobre transformar Deus em uma mulher”.
Stowell propõe uma mudança na maneira pela qual Deus é retratado.
“A maioria das pessoas pensa em Deus como um homem idoso, com barbas e no céu… e provavelmente branco. Isso não é só uma questão de género”, diz a pároca à BBC.
“Trata-se de resgatar a maneira como a Bíblia descreve Deus”, afirma Stowell. “Temos imagens de Deus como uma mãe ursa, feroz, a proteger os seus filhos. Não estamos a restringir a ideia de Deus como um género”, acrescenta a pároca.
“Gostaria de incentivar as pessoas a explorar esse tipo de imagens. Elas são bíblicas, e tradicionais na fé cristã.”
“Se os jovens ouvirem que Deus não é um homem branco e idoso no céu, mas sim que Ele nos abriga a todos, se desconstruirmos esse mito, se deitarmos abaixo a ideia de que o cristianismo é algo masculino, pálido e obsoleto, isso vai levar mais gente a explorar a própria fé”, diz Stowell.
No entanto, nem todos partilham desta visão.
A deputada conservadora Ann Widdecombe, que deixou a Igreja Anglicana depois de a ordenação de mulheres ter sido aprovada, nos anos 90, defende que usar o pronome feminino para se referir a Deus é algo “tolo”.
“Uma ideia destas só pode ter sido pensada por lunáticos“, diz Widdecombe.
As mulheres passaram a poder ser ordenadas na Igreja Anglicana em 1994. Em janeiro de 2015 foi ordenada a primeira bispa da Igreja Anglicana, Libby Lane.
Apesar de ser crescente o número de padres mulheres, Jody Stowell afirma que há ainda um longo caminho a percorrer para mudar a forma como a mulher é vista na igreja.
“Se pensarmos no tempo que a Igreja tem como instituição, percebemos que vamos levar anos até que se entenda a mensagem, numa estrutura que foi formada por vozes masculinas e de uma forma masculina”, diz Stowell.
ZAP / BBC
Vamos primeiro confirmar a existência de Deus, ok? Depois logo se vê se é homem ou mulher, se tem voz fina ou grossa, se fala em português, latim, ou em matemática. Até lá, estas opiniões destas organizações são irrelevantes.
A maternidade está na origem de todas as sociedades… Mãe deusa!
Sem conformismos, rituais de fertilidade com flores ao ar livre, à beira do riacho e consoante os ciclos da lua… da mãe da filha e do espírito santo… Ainda que sem género não haverá espaço para o 3º?
Endeusaram-se as guerreiras amazonas gregas ou as valquírias em cavalos alados que os guerreiros esperavam encontrar…
Mais terreno, a mulher hoje já não é o homem de amanhã?
É preciso ser absurdamente burro ou burra para andar a discutir o sexo de deus. como se este precisasse de sexo para alguma coisa. Deus não é nada de material para que necessite do que quer que seja. Nada se lhe pode tirar porque nada lhe sofra e nada se lhe pode acrescentar porque nada lhe falta. É pois a bondade da bondade , a verdade da verdade e assim sucessivamente ou seja… a verdade e a bondade…em grau máximo. Mas se querem aulas de teologia custam 30 euros à hora. Porém ficam esclarecidos, o que já não é pouco ou, pelo menos, é muito mais do que morrer a imaginar um deus como se fosse um homem. Puro engano…