O abraço é uma das primeiras formas de comunicação que aprendemos, mas pode ser mais complicado do que parece.
O abraço deve ser longo ou delicado? Os braços, devem estar por cima dos ombros? E estes detalhes mudam se a pessoa que estivermos a abraçar for nossa amiga ou conhecida? Para tantas incógnitas, a Ciência decidiu dar uma mão.
Uma equipa recrutou 45 estudantes universitárias, todas do sexo feminino, para participar na investigação.
Depois de estarem vendadas, as voluntárias abraçaram uma investigadora durante 1, 5 e 10 segundos, alternando entre a combinação cintura-pescoço e abraços em que ambas cruzavam os braços.
Segundo o IFL Science, os abraços mais curtos foram considerados os menos agradáveis, enquanto que os abraços de 5 e 10 segundos obtiveram a mesma pontuação de prazer. Por outro lado, o estilo do abraço parecia não ter influência.
Os cientistas admitem que o ambiente de laboratório não é o cenário ideal para avaliar o impacto de um abraço, pelo que a classificação do prazer de abraços curtos e longos pode ter sido influenciada pela natureza repetitiva da investigação.
Afinal, como devemos abraçar?
Foi por esse motivo que os cientistas decidiram ir para a rua. A equipa pediu a 100 pares de estudantes para darem um abraço um ao outro, sem ter sido dada qualquer indicação quanto ao estilo do abraço.
Os investigadores registaram o estilo, a proximidade, a altura e o género dos voluntários para posterior análise.
O rei dos abraços foi o cruzado, que conseguiu ser o mais popular entre os homens (aconteceu 66% das vezes entre todos os participantes e em 82% dos abraços masculinos).
A proximidade entre os participantes parecia não ter qualquer relação com a forma de abraçar. O mesmo não se pode dizer da altura: a preferência por abraços cruzados pode dever-se ao facto de a maioria dos voluntários ter sensivelmente o mesmo tamanho.
Alguns aspetos não foram explorados, como o que sentem os participantes num abraço que dura mais de 10 segundos, ou o quão duro (ou não) se deve apertar o recetor de um abraço.
Ainda assim, os cientistas deixam algumas dicas. Da próxima vez que quiser abraçar, lembre-se: um braço por cima, um braço por baixo, com duração não inferior a 5 segundos, mas não superior a 10.
Os resultados desta investigação foram publicados na Acta Psychologica.