Nova estratégia já estará em vigor no próximo outono/inverno, obrigando a um reajuste na estratégia de testagem e rastreamento.
À semelhança do outros países europeus, Portugal também já está a preparar os próximos passos na gestão da pandemia da covid-19, que se prevê que passe a endemia após a atual vaga da Ómicron, que os especialistas esperam acontecer no início de março. Como tal, as perguntas impõem-se: como será a vida dos cidadãos após dois anos de pandemia? De que forma as autoridades de saúde procederão ao controlo do vírus? Para já ainda não há respostas fechadas, mas tudo indica que o modelo deverá ser semelhante ao sistema de vigilância sentinela usado com a gripe.
Segundo Ana Paula Rodrigues, epidemiologista do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), o país pode ficar perante dois cenários. Primeiramente, “podemos passar para um estado em que haverá sempre circulação do vírus, com um nível constante no número de casos”, segundo, “pode acontecer uma situação semelhante à da gripe, em que a frequência da infeção vai variando ao longo do tempo, por surtos”.
Em declarações à Renascença, a investigadora diz ser “altamente provável termos uma situação semelhante à da gripe ou de outras infeções respiratórias, em que venhamos a observar picos e epidemias de covid-19, de forma mais ou menos regular”, no entanto, no início será difícil definir um padrão previsível apesar de se esperar que “vá estabilizando” com o tempo. Ainda de acordo com Ana Paula Rodrigues, outubro é a meta para o fim da adaptação de toda a vigilância do próximo Outubro/Inverno — inclusive rastreios e vacinação.
A transição do modelo está a ser atualmente estudada pelos especialistas do INSA, pelo que é provável a que se assista ao abandono de um modelo de vigilância — para que deixe de incidir sobre toda a população — e passe a ter por base uma “amostragem entre hospitais, centros de saúde e médicos de família, que vão de, uma forma regular, sistemática e com os mesmos critérios, identificando casos de covid-19, gripe e outras infeções respiratórias, para que haja estimativas semanais“. Esta atualização também representaria o fim dos boletins diários da Direção-Geral da Saúde.
Tal como nota a mesma fonte, este tipo de vigilância por amostragem é conhecido como vigilância sentinela e já é aplicado atualmente em Portugal, no caso da gripe. Ainda assim, deve existir um período de transição, em que os dois modelos coexistem. “A muito curto prazo, poucos meses, teremos em simultâneo os dois sistemas a funcionar e, depois de verificado que o novo sistema recolhe a informação que precisamos, transitar para este modelo.”
A mudança vai obrigar a ajustes na estratégia de testagem, nos critérios de definição de casos e no rastreio de contactos. Simultaneamente, esta estratégia também permitirá libertar médicos e enfermeiros que ao longo dos últimos 24 meses estiveram envolvidos nas tarefas de testagem e rastreio.
Acabem com as máscaras de uma vez por todas.
Portugal com mais 63.833 casos e 44 mortes nas últimas 24 horas
Estatísticas até hoje, Sexta-feira:
DIA INFECTADOS MORTOS
28.01.2022 63.833 44
27.01.2022 65.706 41
26.01.2022 65.578 42
25.01.2022 57.657 48
24.01.2022 32.758 44
Total até hoje (cinco dias): 285.532 infectados – 219 mortos
Quando estes números não dizem nada a este tipo de acéfalos negacionistas, é o mesmo que estar a falar para uma parede e esperar pela resposta…