A China ultrapassou o Japão como o maior exportador de automóveis do mundo. No primeiro semestre deste ano já exportou mais de um milhão de carros.
As exportações de automóveis pela China registaram um crescimento homólogo de 58,3%, entre janeiro e março.
Os dados, da Administração Geral das Alfândegas do país asiático, foram revelados pelo jornal oficial Global Times.
Em abril, a China exportou 376 mil carros, 2,7 vezes mais do que em abril de 2022.
A maioria destas exportações foi composta por veículos movidos a energia alternativa, ilustrando os avanços do país no setor.
No ano passado, foram vendidos na China quase seis milhões de carros elétricos – mais do que em todos os outros países do mundo juntos.
A dimensão do mercado chinês propiciou a ascensão de marcas locais, incluindo a BYD, NIO ou Xpeng, que ameaçam agora o ‘status quo’ de uma indústria dominada há décadas pelas construtoras alemãs, japonesas e norte-americanas.
A BYD, por exemplo, é vista como uma espécie de “Tesla da China”, sendo líder do mercado chinês, e já está a chegar a Portugal, com três modelos elétricos.
O Global Times observou que o país asiático tinha ultrapassado a Alemanha, em 2022, como o segundo maior exportador de carros do mundo.
“Os carros fabricados na China tornaram-se cada vez mais competitivos no mercado global graças a um rigoroso controlo de qualidade, uma cadeia industrial sofisticada e serviços avançados de manutenção”, disse Xu Haidong, da Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis, citado pelo jornal.
Em 2022, as vendas de veículos movidos a energias alternativas, que incluem também híbridos ou carros alimentados por células de combustível, quase duplicaram (+93,4%) no país, representando já um quarto das vendas totais de automóveis, segundo dados oficiais.
O portal de notícias económicas Yicai lembrou, em fevereiro, que as marcas chinesas vão beneficiar da proibição, aprovada pelo Parlamento Europeu, da venda de veículos a gasolina e gasóleo a partir de 2035 na União Europeia (UE).
Dados citados pelo portal indicam que a UE já ultrapassou os mercados asiáticos, em 2021, como o primeiro destino de exportação de veículos elétricos produzidos na China, com cerca de 285.000 unidades vendidas em solo europeu nesse ano.
ZAP // Lusa