O gato mais mortífero do Mundo é também o mais fofinho (e pequeno)

Charles Barilleaux / Wikipedia

Um gato bravo de patas pretas africano (Felis nigripes) com ar suspeito

Não se deixe enganar pela sua aparência adorável. O gato bravo de patas pretas africano, o felino mais mortífero do mundo, pesa apenas 1 a 2 quilogramas e mede entre 35 a 43 centímetros, mas tem um impacto formidável.

É o gato mais pequeno e fofinho do mundo, mas é também o felino mais feroz do planeta.

O Felis nigripes, ou “gato bravo de patas pretas africano”, tem uma taxa de 60% de sucesso na caça — um valor que faz o leão, com os seus 25%, parecer um… gatinho.

Este minúsculo superpredador, ou predador alfa, percorre até 8 quilómetros todas as noites, conseguindo capturar entre 10 e 14 presas por noite — que vão desde pequenos roedores e aves até presas maiores do que ele próprio, como a lebre do Cabo.

É o segundo superpredador mais mortífero do mundo, a seguir ao cão selvagem africano, explica a IFLS.

Nativo das áridas estepes arenosas do sul de África, o adorável gatinho passa os dias escondido, geralmente em tocas abandonadas ou montes de erva, emergindo à noite para caçar.

Felis nigripes leva uma vida extremamente solitária, alcançando a independência numa tenra idade, entre os 4 e os 5 meses. Enquanto os machos cobrem uma área de até 22 km2 anualmente, as fêmeas normalmente percorrem cerca de 10,3 km2 — e apenas e encontram para acasalar.

https://www.youtube.com/watch?v=zN6zF8AaDA4

Apesar da sua destreza, estes gatos são vulneráveis.  Em 2016, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) incluiu o Felis nigripes na lista de espécies vulneráveis e em risco de extinção.

Os seus números estão em declínio devido à destruição do seu habitat, ao esgotamento de recursos e às armadilhas colocadas pelo homem, normalmente destinadas a outros predadores.

Com menos de 10.000 restantes em estado selvagem, estão em curso esforços para proteger os seus habitats naturais restantes e incentivar o crescimento da espécie. A caça a estes felinos está agora proibida em países como o Botswana e a África do Sul.

As extraordinárias capacidades predadoras deste felino tão fofinho quanto mortífero são a prova de que o tamanho não é tudo no reino animal — mas nem essas capacidades salvam o gatinho de um habitat em mudança e a desaparecer.

ZAP //

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