A própria indústria da Alemanha considera que está a perder drasticamente terreno na concorrência internacional, indica uma avaliação de uma instituto alemão.
Em comunicado divulgado esta segunda feira, o instituto alemão Ifo refere que em janeiro, 24% das empresas classificaram a sua competitividade em relação a países fora da UE como baixa e que 21% afirmaram que a concorrência no seio da UE também está a tornar-se mais dura.
Quase nenhuma empresa viu a sua posição melhorar face à concorrência mundial, afirma o Ifo.
“Nunca vimos uma queda como esta na concorrência internacional num espaço de tempo tão curto”, afirma Klaus Wohlrabe, diretor de Inquéritos do Ifo, acrescentando que “os desafios para a indústria sobreviver na concorrência global são enormes.”
De acordo com o Politico, em 2024, as vendas da BMW caíram 13% na China, as da Mercedes-Benz caíram 7% e as da Volkswagen — que tem a China como o seu maior mercado — caíram 10%.
Seugndo Noah Barkin, consultor da Rhodium Group, a Alemanha é muito dependente do mercado chinês, o que pode levar Pequim a “essencialmente, transformar essas dependências numa arma”.
O instituto alemão refere ainda que a perda de competitividade internacional estende-se a todos os setores da indústria, sublinhando que a indústria automóvel, que tem vindo a perder terreno há cerca de dois anos, é particularmente afetada.
A situação também se mantém tensa nas indústrias metalúrgica e química, adianta o instituto, precisando que os fabricantes de bebidas estão relativamente estáveis, com a sua posição na concorrência internacional praticamente estabilizada nos últimos tempos, de acordo com o Ifo.
“O novo Governo alemão precisa urgentemente de reduzir a burocracia, acelerar os procedimentos de aprovação e conceder benefícios fiscais às empresas, para aumentar novamente a competitividade”, diz Wohlrabe, adiantando que “são igualmente necessárias medidas específicas para combater a escassez de trabalhadores qualificados”.
“O que precisamos agora é de reformas decisivas para evitar que a indústria alemã fique ainda mais para trás na concorrência global”, conclui Wohlrabe.
ZAP // Lusa
Da maneira que os alemães estão a formar pessoal (principalmente na área de informática) com técnicas e matérias quase obsoletas, como querem ter trabalhadores qualificados nas suas empresas? Gastam milhões em formação de refugiados e pessoal que muda de área para no final ficarem na mesma: pessoal com qualificações fracas/medianas… a Alemanha vai ter que dar uma reviravolta muito grande, senão perde o comboio definitivamente…
Quando pedem 30 mil por um básico…. E um carro normal passa logo a 40+ mil euros. Logo a lagoa de possíveis clientes reduz… Se querem vender caro…. vendem pouco.