O número de recém-nascidos na China caiu 15% em 2020 quando comparado com o ano anterior, situação em parte influenciada pela pandemia e pelo seu impacto na economia e nas decisões das famílias.
Segundo noticiou na quarta-feira a Reuters, que cita dados avançados pelo Governo chinês, nasceram no país 10,035 milhões de crianças em 2020 – 52,7% eram meninos e 47,3% meninas – e 11,79 milhões em 2019. Em 2019, o número já tinha caído para um novo mínimo em quase seis décadas.
Nos últimos anos, os custos com a saúde, a educação e a habitação têm pesado na decisão dos chineses em ter filhos. A China aboliu a política do filho único em 2015, mas isso não impulsionou a taxa de natalidade como esperado.
Cerca de um quinto dos cidadãos chineses (aproximadamente 250 milhões de pessoas) tem 60 anos ou mais. O envelhecimento rápido criará dificuldades para o Governo, que prometeu pagar os planos de saúde e as pensões, apesar do já esperado encolhimento da força de trabalho.
Durante três décadas, o país impediu os chineses de terem mais do que um filho. Estima-se que esta medida, lançada para controlar a explosão de nascimentos, tenha evitado o nascimento de 400 milhões de bebés.