Especialistas sugerem que alguns dos fatores que podem ter influenciado estes números enquadrar-se nas condições de vida pós-pandemia.
O ano de 2021 ficou marcado por uma subida do número de suicídios (952), sendo preciso recuar até 2019 para se encontrar um número mais alto: 1020. De facto, desde este ano que o valor tem vindo a descer, registando-se, à luz dos dados revelados pelo Instituto Nacional de Medicina Legal (INML), uma subida contraditória de 8,18%, escreve o Jornal de Notícias.
De acordo com os especialistas, alguns dos fatores que podem ter influenciado estes números enquadram-se nas condições de vida pós-pandemia, como é o caso das mudanças na forma de trabalhar, o desemprego, as fases de luto, as dificuldades económicas e o isolamento social.
Para além das mortes, também os comportamentos suicidários aumentaram, com o Instituto Nacional de Emergência Médica a apontar para um aumento de quase 39% no número de chamadas relativas a comportamentos de risco, de 2019 para 2021. Também no que respeita a chamadas relacionadas com saúde mental se registou um aumento, já que, no geral, passaram de pouco mais de 20 mil em 2019 para 22.142 em 2021.
Precisamente nesta área, está previsto que até 2025 existam mais 40 equipas comunitárias de saúde mental em ação, distribuídas por unidades locais de saúde e centros hospitalares do país nas regiões do continente.