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Novo tratamento mostra eficácia quase total no alívio da depressão

Um novo tratamento revelou uma eficácia de 90% no alívio dos sintomas da depressão. Os investigadores alegam que esta técnica apresenta melhores resultados em comparação com os tratamentos convencionais.

Estima-se que uma em cada quatro mulheres e um em cada dez homens possam ter crises de depressão em alguma fase da sua vida e as crianças também podem ser afetadas. Alguns dos tratamentos mais comuns são algo limitados, passando por terapia ou antidepressivos. Uma alternativa pode ser a estimulação magnética transcraniana (EMT).

Uma nova investigação mostra que esta técnica não-invasiva, que usa campos eletromagnéticos para estimular células nervosas no cérebro, pode ser altamente eficaz no tratamento da depressão. Os cientistas alegam ter uma forma de EMT mais rápida e direcionada para tratar a depressão.

A equipa de investigadores batizou-a de Stanford Accelerated Intelligent Neuromodulation Therapy (SAINT). Esta nova técnica mostrou ter uma eficácia de 90% no tratamento de 21 pacientes com depressão profunda. O estudo foi publicado esta terça-feira na revista científica American Journal of Psychiatry.

“Esta é realmente uma maneira de ativar uma região do cérebro que foi desativada pela depressão de uma maneira personalizada”, disse à Inverse a coautora Nolan Williams, neuropsiquiatra da Universidade de Stanford.

“Parte do meu trabalho como médico especializado em depressão é dar esperança às pessoas. Acho que é isso que mantém as pessoas vivas que sofrem de depressão crónica resistente ao tratamento. Certamente, isto deve dar a todos a esperança de que isso, ou algo parecido, esteja a chegar”, acrescentou.

Normalmente, a EMT requer seis semanas de sessões diárias. No entanto, com a SAINT, ao longo de cinco dias, os participantes foram submetidos a dez sessões de dez minutos por dia, com intervalos de 50 minutos.

Em média, três dias de tratamento eram suficientes para os participantes se sentirem aliviados da depressão. Cansaço e dores de cabeça foram efeitos colaterais sentidos pelos participantes, mas que acabavam por não durar por muito tempo.

É muito mais dramático do que qualquer coisa que vimos com antidepressivos orais ou tratamentos de depressão convencionais”, atira o autor principal, Nolan Williams.

ZAP //

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