É a primeira vez que se inserem espermatozoides em óvulos sem a ajuda de um ser humano. Especialista ficou apenas a assistir ao processo.
Uma injeção intracitoplasmática de esperma (ICSI) foi realizada pela primeira vez por uma máquina. Este procedimento é um tipo de fertilização in vitro (FIV) utilizado normalmente em casos de infertilidade masculina, uma vez que através deste método os espermatozoides não têm de se esforçar para chegar a um óvulo,explica a New Scientist.
Entre os inconvenientes deste procedimento, conta-se o facto de requerer muita precisão por parte dos especialistas. “Por vezes, ficam cansados e distraídos, tal como toda a gente na maioria das profissões, pelo que ocorrem erros que podem reduzir as probabilidades de fertilização e de nascimento”, conta o especialista Jacques Cohen.
Agora, ele e os colegas desenvolveram um máquina para tentar que esse procedimento seja mais isento de falhas. A tecnologia é capaz de efetuar 23 passos fundamentais para a ICSI.O estudo foi publicado na RBMO em março.
Um dos passos faz mesmo recurso de inteligência artificial. Outro, utiliza lasers apra imobilizar os espermatozoides. Para além disso, a equipa utilizou outro modelo de IA para selecionar os dois melhores embriões, com base no aspeto dos seus cromossomas.
O bebé nasceu normalmente, após uma fertilização in vitro feita quase inteiramente por uma máquina — apenas foi necessário ter humanos a treiná-la (e um profissional a assistir).
Ainda é necessário estudar a fundo esta técnica, que acaba por ser, por agora, demasiado cara para ser aplicada em massa. Mas os cientistas acreditam que isso está prestes a mudar. “À medida em que otimizarmos, normalizarmos e aperfeiçoarmos o sistema, esperamos que o custo para o paciente e para a clínica diminua”.
A população mundial atual é de 8,2 bilhões de pessoas.
Ainda é preciso arranjar maneiras de ter bebés, somo poucos