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Novo Banco decide futuro do “império” de Vieira (que tem 13 dias para pagar 160 milhões)

Responsáveis do Novo Banco reúnem-se, nesta quarta-feira, para começar a decidir o futuro do império empresarial de Luís Filipe Vieira. Em causa está, nomeadamente, uma dívida de 160 milhões de euros concedida à Promovalor e que o presidente do Benfica tem 13 dias para pagar.

Nestes 13 dias, Vieira deve pagar ao Novo Banco 160 milhões de euros de Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC), como explica o Correio da Manhã (CM).

O não pagamento desse montante implica que o Novo Banco assuma a propriedade da Promovalor SGPS, sociedade que alberga os mais importantes investimentos imobiliários do líder do Benfica.

Esse processo, bem como outros envolvendo as dívidas de Vieira, vai ser analisado pelos responsáveis do Novo Banco na primeira reunião depois das férias, a realizar nesta quarta-feira, segundo o CM.

O contrato de empréstimo, renegociado em 2011, inclui uma cláusula que permite ao Novo Banco “estender por mais dois anos o prazo” de pagamento da dívida, como aponta o mesmo jornal.

Contudo, o Novo Banco não pode decidir sozinho e a última palavra pertence ao Fundo de Resolução que representante do Estado na instituição financeira que nasceu das cinzas do BES de Ricardo Salgado.

O Fundo de Resolução deve tomar uma decisão durante o mês de Setembro.

Nesta altura, a execução das VMOC “não trará nenhuma vantagem económica ao Novo Banco em termos de maximização do pagamento da dívida”, aponta o CM.

Além disso, “as garantias pessoais dadas por Vieira e pela mulher, através de avales que totalizam cerca de 10 milhões de euros, valem hoje menos do que valiam” antes de o presidente do Benfica ter sido detido, frisa ainda o mesmo jornal.

Em declarações na Comissão de Inquérito aos grandes devedores do Novo Banco, no Parlamento, Vieira tinha dito que “as VMOC vão ser convertidas em capital da Promovalor” e que seria “por essa via que o banco vai receber tudo”.

“Se quiser, nem as pago”, tinha ainda afirmado perante os deputados.

ZAP //

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