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Nova vacina ataca todas as quatro espécies de ébola que infetam humanos

PAHO / WHO

Uma nova vacina contra as quatro espécies de ébola que infetam os seres humanos passou com distinção nos testes em animais. O próximo passo é testá-la em humanos.

Uma grande maioria da comunidade científica está atualmente focada em encontrar uma cura para a covid-19. O surto do novo coronavírus faz-nos esquecer que continua a haver a outros vírus. Enquanto isso, uma equipa de investigadores testou uma nova vacina em animais que se mostrou eficaz contra todas as quatro espécies do ébola que infetam seres humanos.

As quatro espécies são o ébola-Zaire, ébola-Sudão, ébola-Bundibugyo e o ébola-Costa do Marfim. O quinto vírus, a espécie Reston, não aparenta provocar a doença em seres humanos.

Durante décadas, cientistas têm testado vacinas e tratamentos contra o ébola, mas desde o surto entre 2013 e 2016, os investigadores têm acelerado os esforços para encontrar uma solução. Até ao momento, segundo o New Atlas, a vacina mais promissora é a rVSV-ZEBOV, que mostra uma eficácia quase total contra a espécie ébola-Zaire.

No entanto, esta vacina não mostrou ter qualquer resultado contra as restantes espécies. É aqui que esta nova vacina se diferencia, já que parece ser capaz de tratar contra todas as espécies que afetam os humanos. A nova vacina, feita com glicoproteínas das espécies Zaire e Sudão, induz uma resposta imunológica contra o ébola.

“Isto pode ser um avanço significativo no esforço global para prevenir ou gerir surtos de ébola, especialmente se esta vacina usada sozinha ou em combinação com outra vacina contra o ébola resultar em imunidade protetora a longo prazo e durável contra diferentes vírus do ébola”, diz o coautor do estudo, Karnail Singh.

O estudo foi publicado, na semana passada, na revista científica Journal of Virology. Os testes realizados em coelhos e macacos mostraram todos resultados bastante positivos. Por isso, ainda não é totalmente garantido que a vacina funcione em humanos. Até lá, ainda é necessário realizar mais testes pré-clínicos, salientam os investigadores.

ZAP //

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