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Nova tecnologia microondas permite “ver” através das paredes

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ZAP // Pexels

Investigadores do US National Institute of Standards and Technology (NIST), nos Estados Unidos, desenvolveram um novo sistema de radar que pode produzir imagens em tempo real de objetos que se encontram atrás de paredes ou que viajam a velocidades supersónicas.

Uma equipa de cientistas do US National Institute of Standards and Technology (NIST) criou um sistema de radar único que depende de microondas, escreve a Popular Science.

Graças aos comprimentos de onda do microondas — que são mais longos —, a nova tecnologia é capaz de passar através de objetos sólidos, como paredes ou pisos, e produzir dados precisos do que está por detrás.

“Obviamente, não consigo ver através das paredes porque os tipos de comprimento de onda a que o olho humano é sensível […] não penetram muito bem tais objetos”, disse Fabio da Silva, um dos investigadores por detrás do novo sistema.

“No entanto, se formos a comprimentos de onda mais longos, como no espetro das microondas […] devemos ser capazes de ‘ver’ através das paredes“, explicou, citado pela Futurism.

Mas, afinal, como funciona?

A tecnologia dos radares tradicional envolve o envio de ondas de rádio para uma área através de um transmissor. Essas ondas ricocheteiam naquilo que estiver presente no local e são, depois, detetadas por um recetor. Por norma, este método envolve a utilização de múltiplos recetores e menos transmissores.

Usando os dados recolhidos por esses “ecos” de radar, é possível determinar a localização, tamanho e movimento dos objetos na área.

O novo sistema desenvolvido pelo NIST funciona de forma similar, mas utiliza múltiplos transmissores e apenas um recetor muito potente e sensível.

“Utiliza-se a ideia de que a luz ressalta noutros objetos, e estes iluminam depois outros objetos a partir de múltiplos ressaltos”, disse Fabio da Silva.

Ser capaz de ver através de objetos sólidos e produzir imagens precisas do que está por detrás deles pode ajudar, por exemplo, em operações de resgate e salvamento.

Além disso, o sistema pode detetar e localizar objetos em movimento a velocidades supersónicas, incluindo aviões, mísseis ou até detritos espaciais que se podem revelar perigosos.

Os resultados da investigação foram publicados, a 25 de junho, na revista Nature Communications.

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