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Nova expedição ao Titanic encontra estátua de bronze de Diana de Versalhes

MRS Titanic / Facebook

Uma de dois milhões de novas fotografias do Titanic, que naufragou há mais de um século.

Estava perdida há décadas no meio dos destroços. Primeira expedição em 14 anos capturou mais de dois milhões de imagens de alta resolução que mostram deterioração do navio — incluindo no “corrimão de Jack e Rose”.

Uma estátua de bronze que se pensava estar perdida para sempre foi encontrada durante a mais recente expedição ao Titanic — a primeira em 14 anos.

A estátua é uma réplica da famosa “Diana de Versalhes” e foi vista pela última vez em 1986.

O achado está entre as descobertas da RMS Titanic, empresa sediada na Geórgia que detém os direitos de salvamento dos destroços do Titanic. Esta é a primeira expedição da empresa ao local desde 2010.

A empresa divulgou novas imagens de alta resolução do local que mostram as alterações nos destroços que continuam a registar-se mais de um século depois do naufrágio do navio em 1912. A redescoberta da estátua fornece uma imagem atualizada da peça, que se temia estar perdida.

Famoso corrimão entre as “novas” perdas

No entanto, a expedição também revelou sinais de maior deterioração. Uma secção significativa da icónica balaustrada da proa do Titanic, que ainda estava de pé em 2022, caiu agora.

“A descoberta da estátua foi um momento emocionante”, disse Tomasina Ray, diretora das colecções do RMS Titanic, “mas estamos tristes com a perda do corrimão da proa e outros sinais de deterioração, o que reforça o nosso compromisso de preservar o legado do Titanic”.

20 dias, dois milhões de imagens

A equipa de expedição passou 20 dias no local do naufrágio, localizado nas profundezas do Oceano Atlântico Norte, captando mais de dois milhões de imagens de alta resolução, as imagens de maior qualidade do naufrágio até à data.

As novas imagens irão contribuir para o mapeamento do naufrágio e do seu campo de destroços, com o objetivo de melhorar a compreensão científica do local. O RMS Titanic planeia processar os dados e partilhá-los com a comunidade científica para ajudar a identificar artefactos historicamente significativos e vulneráveis para futura recuperação.

Esta expedição surge na sequência da trágica implosão, em junho de 2023, do submersível Titan, propriedade da OceanGate, que matou os cinco passageiros a bordo, incluindo Paul-Henri Nargeolet, antigo diretor de investigação subaquática do RMS Titanic. Desde então, a família de Nargeolet intentou uma ação judicial por homicídio culposo contra a OceanGate, que não comentou publicamente o assunto.

Como parte de uma investigação em curso, a Guarda Costeira dos EUA deverá realizar uma audiência pública em setembro para analisar o desastre do Titan. Entretanto, a RMS Titanic Inc. continua os seus esforços para preservar o legado de um dos naufrágios mais famosos da história.

Tomás Guimarães, ZAP //

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