O grupo Wagner, uma empresa paramilitar russa que tem estado em foco nesta guerra na Ucrânia, divulgou esta segunda-feira um vídeo em que mostra uma nova execução de um soldado desertor à marretada.
Em novembro passado, o grupo Wagner já tinha divulgado um vídeo onde era possível ver Yevgeny Nuzhin, soldado russo que se entregou às tropas ucranianas, a ser assassinado por via de uma marreta que lhe esmaga a cabeça.
O novo vídeo foi publicado no canal de Telegram Grey Zone, ligado ao grupo Wagner, e que já tinha partilhado a execução de Nuzhin.
O homem identifica-se como Dmitry Yakushchenko, de 44 anos, nascido na Crimeia e que estava preso até ser recrutado pelo grupo Wagner, antes de se juntar às tropas ucranianas quatro dias depois. O russo tinha sido condenado a 19 anos de prisão.
Já do lado ucraniano, Yakushchenko concedeu uma entrevista onde expressou que espera que a Crimeia seja ucraniana.
In the video Yakushchenko Dmitry Yurievich,born in #Crimea
He received his jail term of 19 years. He ended up in #Wagner,where after 4 days he escaped to 🇺🇦
In captivity, he gave an interview where he expressed his opinion&hope that the Crimea will be🇺🇦@vidtranslator translate pic.twitter.com/XdWyZQtJe7
— Albina Fella 🐆 ✙ 🇺🇦🇬🇧🇫🇷🇩🇪🇵🇱🇺🇸🇫🇮🇸🇪 (@albafella1) February 13, 2023
A organização liderada por Yevgeny Prigozhin admitiu ter recrutado prisioneiros russos para combater na Ucrânia, embora recentemente tenha anunciado que parou de o fazer.
“Planeava encontrar alguma saída, para, como dizem, fugir”, diz Dmitry Yakushchenko, confessando que esta não era a sua guerra. “Fui para a linha da frente como parte do grupo Wagner. Enquanto estava na linha da frente, percebi que esta não é a minha guerra”. O soldado desertor foi capturado em Dnipro, em território ucraniano.
O canal Grey Zone escreve que “tal como o seu colega Yevgenny Nuzhin, [Yakushchenko] ficou com a mesma doença que te faz desmaiar em cidades ucranianas… e depois acordar na cave na tua última audiência em tribunal”.
“Estava nas ruas da cidade de Dnipro onde fui atingido na cabeça e perdi a consciência, acordei nesta sala e disseram-me que ia ser julgado”, conta o homem de 44 anos.
O vídeo mostra Yakushchenko com blocos de pedras coladas à cabeça, que por sua vez está encostada a uma parede. Um soldado do grupo Wagner procede a atingi-lo várias vezes com a marreta na cabeça.
Yakushchenko disse mesmo que se juntou ao grupo Wagner para passar para o lado de Kiev, porque não gostava da Rússia.
Segundo o site russo Meduza, David Frenkel, jornalista da Mediazona, um órgão de comunicação independente russo, sugeriu que a filmagem pode ser falsa. A Reuters também ainda está a tentar identificar a origem do vídeo.
Embora a agressão esteja pixelizada, o vídeo que partilhamos de seguida pode ferir suscetibilidades pela sua violência:
New video. A continuation of the history of Nuzhin. PMC #Wagner executed their soldier ( another one) with a sledgehammer again
He says that he’ll be executed cos he refused to fight in Ukraine
U can read the history of Nuzhin on wikipedia at the link👇https://t.co/gITK6cH69c pic.twitter.com/52TAkf05oq
— Albina Fella 🐆 ✙ 🇺🇦🇬🇧🇫🇷🇩🇪🇵🇱🇺🇸🇫🇮🇸🇪 (@albafella1) February 13, 2023
Empresa paramilitar russa, só podia. Se mostrar os autores há que lhes fazer o mesmo.
Decapitam pessoas vivas, atropelam inocentes com os tanques de combate, matam pessoas à marretada…e há aqui quem os defenda e diga que o problema está no Ocidente. Há pessoas que precisam mesmo de uma consulta psiquiátrica.