Descoberta nova espécie de lula vampira que brilha no escuro

Dajun Qiu

A descoberta foi feita ao largo da ilha de Hainan, no Mar do Sul da China. Apesar do nome aterrador, estas lulas não são perigosas para os humanos.

Os cientistas identificaram uma segunda espécie viva de lula vampira nas águas profundas ao largo da ilha de Hainan, na China. Trata-se de uma descoberta importante, uma vez que a única outra espécie conhecida de lula vampira foi descrita em 1903 pelo biólogo marinho alemão Carl Chun.

As lulas-vampiro, conhecidas por habitarem ambientes oceânicos temperados e tropicais, encontram-se predominantemente nas regiões escuras e profundas do mar. A espécie recém-descoberta mede cerca de 30 centímetros de comprimento e possui oito braços com gavinhas emplumadas, explica o Interesting Engineering.

Apesar do seu nome sinistro, as lulas vampiras são inofensivas para os seres humanos, pois dependem da neve marinha – material orgânico que cai das águas superiores – como a sua principal fonte de alimento. Desenvolvem-se nas zonas de oxigénio mínimo do oceano, áreas onde a maioria dos organismos não consegue sobreviver devido aos níveis extremamente baixos de oxigénio.

Uma das características intrigantes destas lulas é a sua bioluminescência, que lhes permite produzir luz e atrair pequenas partículas de alimento. Esta adaptação não só ajuda na alimentação como também na fuga aos predadores. A espécie inicial de lula vampira, conhecida como Vampyroteuthis infernalis, apresenta fases de vida únicas, incluindo o desenvolvimento e a subsequente perda de um segundo conjunto de barbatanas à medida que envelhecem.

Esta recente descoberta ao largo da costa do Sul da China segue-se à anterior descoberta de lulas vampiras a profundidades entre os 790 e os 915 metros. Os biólogos marinhos estão ansiosos por analisar mais espécimes para compreender melhor a natureza e o comportamento destes habitantes das profundezas do mar.

Os investigadores acreditam que as condições do Mar da China Meridional, particularmente os seus baixos níveis de oxigénio, são perfeitas para as lulas vampiras. A rica biodiversidade da região e as suas profundidades relativamente inexploradas fazem dela um local de eleição para estudos marinhos.

ZAP //

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