Norte-americano passou 30 anos na prisão por erro. Vai ser indemnizado em 10 milhões

Mário Cruz / Lusa

Um norte-americano que há 30 anos foi erradamente condenado a 57 anos de prisão por violação e roubo vai agora receber uma indemnização de quase 10 milhões de dólares, avança o jornal New York Post.

Tal como conta o diário dos Estados Unidos, foi em 1897 que tudo aconteceu. Mark Denny, que na altura tinha 17 anos, foi um dos quatro homens acusados ​​de roubar um Burger King em Brooklyn, em Nova Iorque, e de violar uma mulher de 18 anos que trabalhava no estacionamento da cadeia de fast food. 

Apesar de sempre ter alegado inocência, Denny acabou por ser condenado em 1989 a 57 anos de prisão por violação, sodomia, roubo e coerção.

Anos mais tarde, o Projeto Inocência – uma organização que visa libertar pessoas injustamente condenadas e reformar o sistema de justiça criminal – pegou no caso do norte-americano. Em 2017, o Denny foi considerando inocente depois de uma investigação comprovar que o norte-americano não estava no estabelecimento na noite do crime e, por isso, não poderia estar relacionado com o crime.

Numa notificação enviada às autoridades de Nova Iorque, Denny diz ter sido “atacado e incriminado” pelos polícias que investigaram o caso. O homem acusou mesmo os agentes de fabricarem provas e de não confirmarem o seu álibi, recusando-se “intencionalmente a investigar outras pistas óbvias, como testes imediatos de raspagem de cabelos e unhas”.

O homem disse ainda que os investigadores fizeram “sugestões diretas para induzir” a vítima da violação, cujos olhos foram cobertos durante parte do ataque, a identificá-lo como o autor do crime.

Agora, Denny, que chegou a um acordo com a cidade de Nova Iorque, vai receber mais de 10 milhões de dólares por ter sido condenado por um crime que não cometeu. Caso o acordo não fosse selado, a justiça da cidade arriscava uma potencial ação judicial de 50 milhões de euros, de acordo com o mesmo diário norte-americano.

ZAP //

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