O prémio Nobel da Química foi, este ano, para os investigadores Richard Henderson, Joachim Frank e Jacques Dubochet, anunciou esta quarta-feira a Real Academia Sueca das Ciências.
Os três cientistas foram distinguidos com o Nobel da Química 2017 pelo seu trabalho a investigar a estrutura de biomoléculas, considerado pela Real Academia Sueca das Ciências “decisivo para a compreensão da química da vida” e para chegar a novos medicamentos.
Usando um método chamado crio-microscopia eletrónica, conseguiram imobilizar biomoléculas, que compõem a matéria viva, e observar processos que nunca tinham sido vistos e que se revelaram cruciais em várias áreas de investigação, como o vírus Zika.
A observação de biomoléculas em alta resolução “traz a Bioquímica a uma nova era”, salientou a Academia, provando que os microscópios de eletrões não servem só para observar matéria inorgânica, uma vez que o feixe de eletrões que usam destrói o material biológico.
O suíço Jacques Dubochet, da Universidade de Lausanne, o alemão Joachim Frank, da Universidade de Columbia, e o escocês Richard Henderson, do Laboratório de Biologia Molecular de Cambridge, vão partilhar o prémio no valor de 1,1 milhões de euros.
A semana de anúncios dos prémios Nobel começou esta segunda-feira com o de Medicina, atribuído aos americanos Jeffrey C. Hall, Michael Rosbash e Michael W. Young pela sua descrição do “relógio biológico”.
Esta terça-feira, foi conhecido o Nobel da Física para os americanos Rainer Weiss, Barry C. Barish e Kip S. Thorne pelo seu trabalho na deteção de ondas gravitacionais.
O prémio Nobel da Literatura será conhecido na próxima quinta-feira, o Nobel da Paz na sexta e o da Economia apenas na próxima segunda.
ZAP // Lusa