NASA revela lago de lava fria na superfície de Io, a lua de Júpiter

Cientistas da missão Juno, da NASA, transformaram dados recolhidos durante dois sobrevoos recentes de Io em animações que destacam duas das características mais dramáticas da lua de Júpiter: uma montanha e um lago quase liso de lava fria.

A exploração espacial alcançou um novo marco com a descoberta de um lago de lava com superfície vítrea em Io, uma das luas de Júpiter.

A descoberta, feita por cientistas da NASA, revela mais sobre a geologia única e as forças vulcânicas atuantes neste corpo celeste, que é o mais vulcanicamente ativo do Sistema Solar.

As novas imagens foram divulgadas no dia 18 de abril por Scott Bolton, investigador principal da missão Juno, na European Geophysical Union’s General Assembly. 

Este satélite natural de Júpiter é o local com maior atividade vulcânica em todo o Sistema Solar, com centenas de vulcões na superfície lunar que tornam o estudo da Lua e do seu passado bastante difícil para os cientistas.

“Io está simplesmente repleta de vulcões e capturamos alguns deles em ação”, disse Bolton, em comunicado, citado pelo Live Science.  “Há detalhes surpreendentes que mostram essas ilhas incrustadas no meio de um potencial lago de magma cercado por lava quente”.

“A reflexão especular que os nossos instrumentos registaram no lago sugere que partes da superfície de Io são tão lisas como vidro, reminescentes do vidro de obsidiana criado vulcanicamente na Terra”, acrescenta o investigador

Juno fez sobrevoos extremamente próximos de Io em dezembro de 2023 e fevereiro de 2024, chegando a cerca de 1.500 quilómetros da superfície. Foi assim que conseguiu obter as primeiras imagens próximas das latitudes norte da lua.

A superfície lisa como vidro do lago de lava é um testemunho das temperaturas extremamente altas e da natureza fluida do magma em Io.

Além de confirmar a atividade vulcânica contínua na lua, a descoberta recente também sugere que o interior de Io é incrivelmente quente.

No futuro, a análise deste fenómeno pode ajudar os cientistas a entender melhor como a atividade vulcânica pode afetar a formação e evolução de outros corpos celestes.

ZAP //

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