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NASA rebatiza Ultima Thule. Antigo nome foi associado ao nazismo

O nome do Ultima Thule deu polémica e a NASA decidiu mudá-lo. A controvérsia surgiu pelo nome dado inicialmente ao mundo gelado do Cinturão de Kuiper estar vinculado à ideologia nazi.

O anúncio foi feito esta terça-feira em Washington, nos Estados Unidos. Agora, o objeto mais distante alguma vez estudado chama-se Arrokoth, um termo das tribos nativas norte-americanas que significa “céu” na língua Powhatan-Algonquiana.

O nome “Ultima Thule” foi questionado por poder ser associado ao nome da Sociedade Thule, a organização que patrocinou o partido de Adolf Hitler e que, além disso, exigia que os seus membros jurassem que não tinham sangue judeu nem negro.

Por outro lado, Ultima Thule foi um termo usado na Idade Média e Romana para designar qualquer lugar que fosse muito distante e além das fronteiras do mundo conhecido. Nesse caso, o corpo celeste, também identificado como MU69 em 2014, está a quase seis mil milhões de quilômetros de distância do nosso planeta.

“O nome Arrokoth reflete a inspiração de olhar para o céu e refletir sobre as estrelas e os mundos além dos nossos”, disse Alan Stern, investigador principal da New Horizons no Southwest Research Institute, em Boulder, Colorado, nos Estados Unidos.

“Os dados do novo Arrokoth deram-nos pistas sobre a formação de planetas e as nossas origens cósmicas”, disse Marc Buie, um dos investigadores que descobriu o mundo gelado. “Acreditamos que este corpo antigo, composto por dois lobos distintos que se fundiram numa única entidade, pode abrigar respostas que contribuem para a nossa compreensão da origem da vida na Terra”.

Em maio, os dados da sonda mostraram que o objeto é um sistema binário de 36 quilómetros de comprimento, constituído por dois lobos de formas diferentes e incomuns. As primeiras imagens obtidas mostraram que Ultima Thule é um corpo celeste semelhante a um gigante “boneco de neve”, composto por dois corpos conectados, um maior (Ultima) que o outro (Thule).

No entanto, as recentes fotografias enviadas pela sonda New Horizons permitiram fazer muitas descobertas interessantes. Por exemplo, foi revelado que há numerosas manchas brancas e escuras na superfície do corpo celeste, cuja origem continua desconhecida.

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