Os investigadores estão surpreendido com as características recentemente descobertas do objeto espacial 2014 MU69, também conhecido como Ultima Thule.
Depois de observarem as novas imagens de 2014 MU69, localizado no cinturão de Kuiper, cientistas do Laboratório Johns Hopkins em Baltimore, no estado norte-americano de Maryland, chegaram à conclusão que os seus “lóbulos” são planos, conforme afirmaram na última sexta-feira no seu site.
“O lóbulo maior, apelidado de Ultima, parece mais uma panqueca gigante e o lóbulo menor, apelidado de Thule’ tem uma forma de noz amassada”, detalha a nova publicação, que acrescenta ainda mais mistério em torno deste antigo objeto espacial, uma vez que outros objetos similares – cometas, por exemplo – são geralmente redondos.
“Seria mais exato dizer que a sua forma é mais plana, como uma panqueca”, ressalta Alan Stern, líder da missão da sonda New Horizons, que estuda o 2014 MU69. Ultima Thule gira em torno do Sol como se fosse “uma ampulheta gigante”.
Essa é a descrição mais recente que a NASA, a agência espacial norte-americana, fez do Ultima Thule após receber as novas fotografias tiradas pela sonda, que sobrevoou o asteroide a uma velocidade de 50 mil quilómetros por hora no dia 1 de janeiro.
Alan Stern afirma que “esta é uma sequência de imagens realmente incrível tirada por uma sonda a explorar um mundo pequeno a quatro mil milhões de milhas da Terra. Nada assim alguma vez foi captado em imagens”.
Até agora, os cientistas diziam que Ultima Thule, com 33 quilómetros de altura, era semelhante a um boneco de neve por acharem que era composto por duas rochas esféricas fundidas uma na outra. É um fenómeno chamado “contacto binário” e acontece quando “dois objetos completamente separados se juntam” a uma velocidade extremamente baixa.
Segundo o cientistas, as novas imagens estão a criar enigmas científicos sobre como um objeto desta natureza pode ter sido formado, observando que “nunca vimos algo assim a orbitar o Sol”.
Os cientistas, que acreditam que o MU69 é um objeto congelado desde a origem do Sistema Solar há cerca de 4 mil milhões de anos, estão convencidos que, à medida que a New Horizons forneça novas imagens, continuarão a descobrir coisas estranhas nunca vistas antes.