Suécia “já não está em paz”

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Ulf Kristersson, primeiro-ministro da Suécia.

País “mudou”: não está em guerra, mas também “não está em paz”. Primeiro-ministro denuncia “coisas estranhas” no Báltico e garante reforço na Defesa devido ao risco de conflito. “Não somos ingénuos”, lembra.

A Suécia pode não estar em guerra, mas já “não está em paz”, alertou o primeiro-ministro Ulf Kristersson este fim-de-semana, ao anunciar que Estocolmo tem planos para aumentar as suas despesas na Defesa devido ao risco de guerra nas regiões nórdicas.

“A Suécia não está em guerra, mas também não está em paz”, disse, em Sälen, o responsável pelo Executivo, citado pelo jornal sueco Aftonbladet.

“A verdadeira paz exige liberdade e que não existam conflitos graves entre países. Mas nós e os nossos vizinhos estamos expostos a ataques híbridos, levados a cabo não com robots e soldados, mas com computadores, dinheiro, desinformação e ameaças de sabotagem”, denunciou Kristersson, que culpa todas as “coisas estranhas” que estão a acontecer no Mar Báltico.

“A Suécia não tira conclusões precipitadas nem acusa ninguém de sabotagem sem razões muito fortes, disse, “mas também não é ingénua”, e os seus vizinhos também “não vão aceitar que isto continue”, garantiu o primeiro-ministro, sem apontar o dedo diretamente à Rússia.

“A situação de segurança e o facto de continuarem a acontecer coisas estranhas no Mar Báltico também nos levam a concluir que não se podem excluir intenções hostis“, reforçou o líder sueco, referindo-se à decisão “importante” da Finlândia de abordar o Eagle S, suspeito de danificar cabos no Golfo da Finlândia.

O atual plano da Suécia prevê um aumento dos gastos na Defesa de 2,4% para 2,6% do PIB, passando de 138 mil milhões de coroas suecas (cerca de 12 mil milhões de euros) para 186 mil milhões de coroas (cerca de 16 mil milhões de euros) em 2030, mas Estocolmo não exclui “de todo” que tais hostilidades reforcem estes gastos, disse Kristersson, lembrando que outros países bálticos gastam 3% e até 4% — como a Polónia — do seu PIB em Defesa.

A Suécia tornou-se oficialmente membro da Aliança em março de 2023, depois de apresentar o pedido de adesão em maio de 2022. O apoio interno à recente adesão  é, para o primeiro-ministro , um sinal de que “a Suécia mudou”.

O país anunciou recentemente que contribuirá com um máximo de três navios de guerra e um avião de vigilância para um esforço de monitorização da NATO sobre infraestruturas críticas da frota russa. “É a primeira vez que a Suécia contribui com forças armadas na nossa própria região”, afirmou ainda o primeiro-ministro.

O ministro da Defesa sueco, que há um ano avisava na mesma conferência que “poderá haver guerra na Suécia”, mantém o alerta. “A situação não melhorou”, sublinhou Carl-Oskar Bohlin em entrevista ao Svenska Dagbladet.

Tomás Guimarães, ZAP //

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2 Comments

  1. A Suécia não se encontra em paz já há alguns anos.
    É o segundo país não em guerra do mundo com mais atentados à bomba. É rara a semana em que não há um ataque na Suécia. Uma realidade sobre a qual a nossa imprensa se mantém estranhamente silenciosa.

  2. Falando sobre o período atual, Jesus declarou: “Com certeza depois, você certamente depois ouvireis de guerras e os sons das guerras sendo travadas [Esse é o anúncio de uma grande guerra, que se assemelhará ao início de uma guerra nuclear global] No entanto, não serão utilizadas armas nucleares estratégicas]; olhai, não vos assusteis, porque todas as coisas devem ser cumpridas, mas ainda não é o cumprimento [do sinal = uma guerra nuclear global].” (Mateus 24:6)

    Jesus Cristo referiu-se à profecia de Daniel: “No tempo designado [o rei do norte] voltará [As tropas russas voltarão para onde estavam anteriormente estacionadas. Isto não se aplica apenas à Ucrânia. A União Europeia e a NATO vão desmoronar-se. Muitos países do antigo bloco de Leste voltará à aliança militar com a Rússia]. E entrará no sul [este será o início de uma guerra nuclear], mas não serão como mais cedo [A Segunda Guerra Mundial] ou como mais tarde [Esse é o anúncio de outra guerra. Agora também haverá uma vitória. A ação militar atual não levará a uma guerra nuclear global. Esta guerra só começará após o retorno do rei do norte, e por causa do conflito étnico (Mateus 24:7)], porque os habitantes das costas de Quitim [o distante Ocidente, ou para ser mais preciso, os americanos] virão contra ele, e (ele) se quebrará [mentalmente], e voltará atrás”. (Daniel 11:29, 30a)

    Este será um abate mútuo. “A poderosa espada curta” = as armas nucleares estratégicas será usada. (Apocalipse 6:4)

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