Nadal, o campeão que não quer esta “filosofia de vida” para o pé

Christophe Petit Tesson/EPA

Rafael Nadal vence Roland Garros 2022

Rafael Nadal voltou a vencer o Roland Garros. Derrotou na final Casper Ruud mas, depois do jogo, comentou que nem sentia o seu pé enquanto jogava.

2022 é mesmo ano de Rafael Nadal. O tenista espanhol – que só perdeu o seu primeiro jogo em Março – já venceu quatro torneios e dois deles do Grand Slam: o Open da Austrália e, agora, o Roland Garros.

Na final do torneio de Paris, realizada neste domingo, o tenista espanhol (que completou 36 anos na sexta-feira passada) venceu Casper Ruud sem muitas dificuldades. Três sets foram suficientes: 6-3, 6-3 e 6-0 e confirmado o seu 14.º troféu Roland Garros.

Nadal ampliou o seu recorde em torneios do Grand Slam: tem agora 22 conquistas, mais do que qualquer outro tenista em toda a história da modalidade.

O resultado não espelha dificuldades mas o seu estado físico é sinónimo de dificuldades.

Há 17 anos que Rafael Nadal sabe que tem síndrome de Müller-Weiss, que lhe afecta o , com dores crónicas.

Para conseguir jogar, o tenista leva injecções. E, depois do duelo com Ruud, o campeão confessou na Eurosport que nem sentiu o seu pé durante o jogo: “Joguei sem sentir o pé porque levei injecções no nervo. O pé estava dormente, só assim consegui jogar”.

Quando questionado por Barbara Schett (antiga tenista) sobre o número de injecções que levou durante o torneio em França, o jogador respondeu: “Nem sei…”.

Poucos minutos depois, na conferência de imprensa, Rafael Nadal repetiu que não vai ter futuro no ténis se o pé continuar assim: “Como já disse, dadas as circunstâncias actuais, não posso e não quero continuar a jogar com o pé dormente”.

“Não quero colocar-me na posição de ter de jogar com injecções anestesiantes outra vez. Pode acontecer uma vez, mas não é uma filosofia de vida que queira seguir”, prosseguiu.

Apesar dos problemas, o espanhol espera estar presente no próximo Grand Slam, o torneio em Wimbledon, que começa no final de Junho.

“Estarei em Wimbledon se o meu corpo estiver preparado para estar em Wimbledon. Wimbledon não é um torneio que queira falhar. Wimbledon sempre foi uma prioridade”, assumiu.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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