A anedonia, definida como a perda de capacidade de obter prazer em atividades que antes eram agradáveis, é uma condição associada a vários distúrbios de saúde mental. O aumento de casos está tornar-se preocupante.
Chama-se anedonia. É a perda da satisfação e interesse em realizar as atividades do dia a dia, como tomar um café com os amigos, passear o cão ou comer um simples gelado.
Segundo a Discover, esta perda de prazer, um sintoma primário de um quadro maior de depressão , está a ser atualmente sentida por um número crescente de indivíduos em risco de depressão.
Esta condição manifesta-se de duas formas principais: física e social.
Enquanto a anedonia física se refere à redução do prazer trazido por sensações físicas, como o toque ou visão, a anedonia social está relacionada com falta de prazer nas interações sociais.
Por exemplo, indivíduos com anedonia física podem não encontrar alegria numa vista inspiradora ou em intimidade física, enquanto pessoas com com anedonia social podem sentir-se indiferentes à felicidade de um amigo ou evitar completamente interações sociais.
Segundo um estudo publicado em 2019 no European Child & Adolescent Psychiatry apresentou um retrato detalhado desta condição.
Focando em adolescentes diagnosticados com depressão ou exibindo sintomas depressivos elevados, o estudo revelou vários sentimentos comuns neste grupo demográfico.
Além da característica perda de prazer, estes adolescentes expressaram sentimentos de constante banalidade, vazio emocional, falta de motivação e um profundo sentimento de desconexão dos outros e da vida diária. Muitos dos participantes no estudo descreveram a vida como “cinzenta”, “vazia” e até questionaram o seu verdadeiro significado.
Apesar de a condição ter sido identificada no início do século XX, a anedonia permanece um enigma desafiador para a comunidade médica.
A maioria dos tratamentos até hoje foca-se em abordar as condições subjacentes ligadas à anedonia, como depressão ou esquizofrenia. As abordagens terapêuticas variam desde terapia de conversa e antidepressivos até, em casos mais extremos, terapia eletroconvulsiva.
Se não sente prazer em nada na vida, ou conhece alguém nessa condição, note que a primeira coisa a fazer é procurar aconselhamento profissional que permita diagnosticar a condição — e encontrar forma de tratar.