O Twitter deixou de pagar a renda dos seus escritórios há semanas, incluindo o da sede em São Francisco, e considera não pagar indemnizações aos funcionários que despediu desde que Elon Musk comprou a empresa.
Segundo avançou o New York Times, a empresa está a reconsiderar pagar dois meses de salários e um mês de indemnizações que tinha garantido. Muitos dos antigos funcionários ainda não receberam nenhum documento que formaliza o fim do contrato de trabalho.
Estas e outras medidas – entre as quais a recusa do Twitter em pagar despesas relacionadas com deslocações de jato privado, num valor que ronda os 200 mil dólares (cerca de 188 mil euros) – fazem parte da tentativa de Musk de cortar nas despesas, antecipando eventuais batalhas legais que poderá ter de travar.
Musk reorganizou também o departamento jurídico do Twitter, dispensando um dos seus consultores mais próximos, substituindo-o pelo seu advogado pessoal, Alex Spiro. Este, contudo, já não trabalha na empresa.
My commitment to free speech extends even to not banning the account following my plane, even though that is a direct personal safety risk
— Elon Musk (@elonmusk) November 7, 2022
Uma outra medida foi a demissão da equipa de cozinha. Equipamentos de escritório, da cozinha e eletrónicos da sede em São Francisco começaram a ser listados para um leilão.
Durante algum tempo, a conta ElonJet seguia as deslocações do jato de Musk. Na quarta-feira, Jack Sweeney, o responsável por esta conta, partilhou no Twitter que a mesma foi suspensa. Apesar da suspensão no Twitter, continua a ser possível seguir as movimentações de Musk em redes sociais como o Facebook ou Mastodon.
Musk era, até ao início desta semana, o homem mais rico do mundo – perdeu para Bernard Arnault, o francês da LVMH, o grupo que controla a Louis Vuitton.