Como se combate o vandalismo? Com música clássica (e resulta)

Farmácias em Chicago estão a recuperar uma técnica que, não elimina, mas afasta o crime.

E se estivesse a passar por um espaço comercial e, ainda cá fora, começasse a ouvir música clássica?

É para criar ambiente. É um espaço tranquilo. Vendem discos.

Estas seriam três possibilidades compreensíveis – mas nenhuma delas está certa, em Chicago.

A Walgreens, uma das maiores farmacêuticas nos Estados Unidos da América, tem agora colunas a reproduzir música clássica à porta das suas farmácias.

E não, não é para criar outro ambiente, não é para dizer que ali o espaço é tranquilo. E, claro, não se vendem discos ali.

Em Julho, um grupo (alargado) de adolescentes destruiu uma loja de conveniência nesta cidade norte-americana.

Por isso, a Walgreens recuperou a técnica de reproduzir música clássica à porta para evitar vandalismo e roubos.

E parece que resulta. Não elimina o crime mas leva os criminosos para outro lugar.

Lily Hirsch, musicóloga, disse à NBC que a táctica “funciona pelas razões erradas”. E explicou: “É utilizada para demarcar o espaço e dizer a determinadas pessoas ‘o teu lugar não é aqui, precisas de sair'”.

Moradores de uma das zonas de Chicago, Greektown, têm reacções opostas a este intuito.

Um disse que, em vez de afastar, aquela música até lhe dá vontade de ir para lá; outro disse que poderia ficar ali “o dia todo”.

A empresa assegurou que assegurou que só quem está à porta dos espaços ouve a música; quem vive ou trabalha mais ao lado, não ouve.

ZAP //

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