Muro polaco Miszta trava águia perdulária

José Coelho / Lusa

No fecho de contas desta edição do campeonato, rioavistas e benfiquistas despediram-se com um empate.

O jogo foi intenso, com períodos de maior domínio do Benfica, mas o Rio Ave teve o mérito de nunca ter desistido e conseguiu responder ao golo de Orkun Kökçü já no período de descontos por intermédio de Costinha.

Numa noite que marcou a despedida de Ukra dos relvados, a equipa de Roger Schmidt teve um volume considerável de oportunidades para “matar” o encontro, mas não o fez e acabou por “morrer”.

Antes do apito inicial, Luís Freire fez cinco mudanças relativamente à última jornada e concedeu a titularidade e a braçadeira de capitão a Ukra na partida de despedida do extremo.

Já nas “águias”, Roger Schmidt promoveu quatro mexidas promovendo as inclusões de Samuel Soares, Morato, Rollheiser e Tengstedt. Os nomes de Rafa e de Di María não apareceram na ficha de jogo, Trubin e António foram suplentes.

Quando a bola começou a rolar, o domínio “encarnado” foi mais intenso nos primeiros 47 minutos de acção.

Pressionante e a explorar os três corredores, o Benfica foi criando perigo, Miszta, com duas excelentes intervenções, impediu que Casper Tengstedt marcasse aos 6’ e 17’, mas nada conseguiu fazer ao minuto 31, altura em que o dinamarquês assistiu Orkun Kökçü para o primeiro golo da noite.

A primeira parte ficou ainda marcada pela bela homenagem a Ukra, que disse adeus aos relvados de forma emocionante e com direito a uma guarda de honra formada por elementos dos dois conjuntos.

Kökçü foi a peça com melhor avaliação neste período, fruto de um golo, dois passes para remate, dois passes progressivos e 28 acções com a bola, que lhe valiam um GoalPoint Rating de 6.0.

Os benfiquistas mantiveram o domínio e continuaram a ser perdulários no momento da definição, as ocasiões para dilatar a vantagem foram diversas, mas ora Miszta, ora o desacerto de Rollheiser (53’), Tengstedt (60’) e Otamendi (74’) deixavam o duelo com o resultado incerto.

A equipa anfitriã, que melhorou com as entradas de Adrien Silva e de Fábio Ronaldo, foi ganhando confiança, ainda festejou quando Boateng colocou a bola dentro das redes aos 77’, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo.

Dez minutos volvidos, foi assinalada mão na bola na área de Florentino na sequência de um cabeceamento de Aderllan. Da marca dos 11 metros, Costinha soltou um “míssil” que decretou o resultado final.

Num período de descontos de loucos, Prestianni viu o guarda-redes negar-lhe uma estreia de sonho e, no último lance da partida, Aursnes salvou a remontada ao travar um remate de Boateng…

Os vila-condenses passam a contabilizar 12 partidas sem derrotas na prova, ao passo que o Benfica, numa noite em que estreou os jovens Gustavo Varela e Prestianni, volta a escorregar e fecha a temporada com muitas dúvidas e poucas certezas.

Melhor em Campo

No jogo de estreia no campeonato, o polaco de 22 anos brilhou com intensidade e foi um dos principais responsáveis pelo ponto arrecadado pela equipa da casa. Olhando para a ficha, Cezary Miszta destacou-se com nove defesas – evitou 0,1 golos (defesas – xSaves) –, acumulou 11 acções defensivas e acertou 25 dos 30 passes tentados. Por tudo isto, foi o MVP com um GoalPoint Rating de 8.4.

Resumo

José Coelho / Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.