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Jovem britânica contraiu DST que leva a carne a “comer-se a si própria”

Uma britânica contraiu uma doença sexualmente transmissível (DST) que corrói o tecido genital. Conhecida como Donovanose ou Ganuloma Inguinal, trata-se de uma DST muito rara que leva a carne a “comer-se a si própria”.

Este caso reportado no Reino Unido aconteceu em Southport, Inglaterra, com uma mulher não identificada, para preservar a sua privacidade, que tem entre 15 a 25 anos, reporta o jornal local Liverpool Echo.

A Donovanose ou Ganuloma Inguinal é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Klebsiella granulomatis. Trata-se de uma doença extremamente rara, mas que tem sido reportada em países como Papua-Nova Guiné e Austrália, e em zonas das Caraíbas, do Brasil e da Índia, e no sul de África, nota o Manual MSD para profissionais de saúde.

“A doença é caracterizada por lesões cutâneas lentamente progressivas de coloração vermelha intensa, proeminentes, indolores e muitas vezes ulceradas”, salienta o Manual MSD. À medida que a doença se espalha, pode destruir tecido genital e levar a cor em torno da zona afectada a perder a cor.

A infecção “causa lesões e desintegração da pele à medida que a carne [da paciente] efectivamente se come a si própria“, refere o farmacêutico Shamir Patel ao Liverpool Echo.

Nos estágios finais da doença, os sintomas assemelham-se aos dos cancros genitais avançados. A evolução das nódulos iniciais para “úlceras não dolorosas, progressivas” pode levar à “destruição extensa da região anogenital”, nota-se num artigo de revisão da Acta Médica Portuguesa.

A Donovanose transmite-se através das relações sexuais mas, em casos raros, também se pode disseminar através do sexo oral.

Nos homens, afecta essencialmente as zonas do pénis, escroto, virilha e coxas, enquanto nas mulheres revela sintomas na vulva, vagina e períneo. Também pode afectar a face, o ânus e a região dos glúteos.

Os sintomas da DST surgem entre uma a 12 semanas depois da exposição à bactéria.

A Donovanose pode ser tratada com antibióticos e quanto mais cedo se atacar a DST, menores riscos de complicações surgem. Nas situações mais graves, pode provocar danos genitais e deixar cicatrizes.

ZAP //

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