MP pede arresto de conta de “Macaco” com 200 mil euros

O processo investiga um alegado esquema de venda de bilhetes no mercado negro que explicará a origem do dinheiro de Fernando Madureira, que declara às Finanças pouco mais do que o salário mínimo.

No âmbito da Operação Pretoriano, o Ministério Público pediu o arresto de uma conta à ordem de Fernando Madureira, líder da claque portista Super Dragões, com cerca de 200 mil euros.

Recorde-se que já foram apreendidos cerca de 50 mil euros durante as buscas à casa de Madureira, conhecido como “Macaco”, espalhados por várias divisões, incluindo sofás e caixas junto à televisão, lembra o Correio da Manhã.

A investigação arrancou após os confrontos e agressões de membros dos Super Dragões a sócios do FC Porto que apoiam André Villas-Boas durante a assembleia geral do clube, que teve lugar em novembro. O processo está agora também a investigar um alegado esquema de venda de bilhetes para os jogos no mercado negro, com a conivência de responsáveis do clube.

A descoberta destas quantidas de dinheiro na casa de Macaco levantou questões sobre a origem do património, que declara rendimentos pouco acima do salário mínimo, mas está a construir uma moradia de luxo junto à praia em Vila Nova de Gaia e avaliada em mais de 2 milhões de euros.

A Operação Pretoriano não só levou à detenção de Madureira e de 11 outros suspeitos mas também à apreensão de carros de luxo, entre os quais se destaca um Porsche Panamera.

Além das acusações relativas ao esquema de bilhetes, Madureira enfrenta um processo judicial por um ataque à PSP com pedras e garrafas durante um jogo de hóquei em 2018. O líder da claque portista está atualmente em prisão preventiva.

A operação desvendou ainda a detenção de funcionários do FC Porto, bem como a implicação de outras figuras notáveis, incluindo André Villas-Boas, candidato à presidência do clube, como uma das testemunhas do processo.