Ao longos dos séculos, houve vários mártires que deram a vida pela sua crença religiosa. Algumas das mortes são do mais sádico que consiga imaginar.
Um mártir é uma pessoa que sofre perseguição e morte por defender, renunciar, recusar a renunciar, ou ainda por recusar a defender uma causa exigida por uma força externa.
Em muitos casos, o termo é atribuído a alguém que morre em nome de um ideal social ou político. As origens da popularização do termo, contudo, tem caráter religioso, referindo-se inicialmente a uma pessoa que morre pela sua fé.
Ao longo da história, vários sãos os casos de mártires cristãos, que deram a vida pelas suas crenças religiosas. Muitos destes primeiros mártires até foram canonizados e feitos santos.
Em alguns casos, a morte não chegou pacificamente. Muitos deles tiveram mortes violentas e recheadas de sadismo. Os seguintes exemplos são as mortes mais sádicas de que há registo, segundo o site Ancient Origins.
São Bartolomeu, o Apóstolo: Esfolado Vivo
São Bartolomeu, também chamado de Natanael foi um dos doze apóstolos de Jesus Cristo, segundo o Novo Testamento.
Nenhuma narração bíblica desenvolve especialmente a vida dele, sendo que o seu nome consta apenas nas listas dos doze apóstolos. No entanto, a sua lealdade é inegável, tendo dado a vida por Jesus Cristo, segundo a Bíblia.
Algumas fontes antigas dizem que Bartolomeu pregou na Etiópia, Mesopotâmia, Irão e Turquia. Outras fontes dizem que o começou a fazer na Índia, mas acabou na Arménia.
É precisamente aqui que as coisas descambam, após ter convertido o rei da Arménia, Polímio, ao Cristianismo. A mudança não caiu bem aos outros líderes locais, incluindo ao seu irmão, Astíages. O irmão do rei convocou Bartolomeu para a sua corte, onde exigiu que este fizesse um sacrifício aos deuses pagãos.
Bartolomeu recusou-se e, como consequência, foi mandado esfolar vivo — lentamente. Reza a lenda que enquanto estava a ser esfolado vivo, o apóstolo continuou a proclamar a sua fé em Deus. Isto terá irritado tanto Astíages que ele mandou decapitá-lo, interrompendo a tortura.
Não sabemos ao certo se esta história é verídica ou não. Outros relatos mencionam que foi decapitado, crucificado ou que o colocaram num saco cheio de areia e o atiraram ao mar.
São Antipas de Pérgamo: Cozinhado Vivo
Antipas de Pérgamo foi bispo de Pérgamo, discípulo do apóstolo São João Evangelista e mártir do Cristianismo.
Devido à perseguição aos cristãos, todos aqueles que se opunham a oferecer sacrifícios aos deuses viviam sob ameaça de exílio ou execução por ordem do imperador.
Antipas foi preso e quando foi libertado, devido à firmeza na fé cristã, começou a professar a palavra e a convencer as pessoas de Pérgamo a pararem de oferecer sacrifícios, o que foi alvo de reprovação dos sacerdotes pagãos.
Assim, Antipas foi capturado e lançado dentro de um ardente touro de bronze, onde normalmente ocorriam os sacrifícios, sendo cozinhado vivo. Segundo a tradição o mártir orou a Deus implorando pela sua alma e para que ele fortalecesse a alma dos cristãos.
Mais tarde, os cristãos levaram o seu corpo intocado pelas chamas para a cidade onde foi enterrado. A sua sepultura tornou-se local de milagres e curas de doenças.
São Cassiano de Ímola: massacrado pelos seus jovens estudantes
São Cassiano de Ímola foi bispo de Bréscia, no século IV e é considerado santo pelos cristãos.
Não se sabe muito sobre a sua vida, embora relatos mencionem os detalhes do seu martírio. Cassiano ensinava taquigrafia em Ímola, como forma de ensinar os preceitos religiosos cristãos sem que os perseguidores percebessem o que estava escrito.
Mais uma vez, depois de recusar fazer sacrifícios aos deus romanos, por ordem do imperador Juliano, foi condenado à morte. A execução ficou ao encargo dos seus próprios alunos, que odiavam pela sua severidade.
Cassiano foi torturado, preso a uma estaca usando o material que os alunos usavam nas aulas. Os ferros usados nas aulas foram usados para cravar-lhe o corpo e as tábuas de madeira foram-lhe partidas nas costas.
Santa Inês: criança inocente banida para um bordel
Santa Inês foi uma mártir católica, executada durante a perseguição de Diocleciano e venerada como santa pela Igreja Católica e pela Igreja Ortodoxa.
De acordo com textos antigos, Inês era uma jovem cuja beleza a tornava muito procurada. Várias famílias romanas pagãs queriam casá-la com um dos seus filhos. No entanto, Inês tinha outros planos. Como prometeu a sua castidade a Deus e estava determinada a permanecer virgem, negou casar-se.
Infelizmente, um dos homens rejeitados era filho de um governador local. O governador ficou tão indignado que ordenou que Inês fosse forçada a trabalhar num bordel quando esta tinha apenas 12 ou 13 anos.
Uma prostituta escrava como Inês não gozava de proteção e não tinha quaisquer direitos. No entanto, reza a lenda que quando Inês foi despida, o seu cabelo cresceu magicamente, cobrindo as suas partes íntimas. Além disso, qualquer cliente que olhasse para a jovem virgem ficava cego.
Insatisfeito com o castigo a Inês, o governador ordenou que fosse queimada na fogueira, mas esta terá sido novamente salvada pela sua fé. As chamas contornaram-na, não conseguindo queimá-la. Por fim, o governador mandou decapitá-la — um destino que nem a sua fé conseguiu evitar.
Santa Eulália: dissecada e fervida viva
Eulália de Mérida foi uma santa cristã, virgem e mártir, festejada a 10 de dezembro pela Igreja Cristã.
Segundo o escritor pagão Prudêncio, Eulália era uma cristã muito devota e, quando tinha entre 12 e 14 anos, a sua mãe foi levada por causa da exigência de que todos os cidadãos romanos fizessem sacrifícios aos deuses romanos.
Inconformada, Eulália correu até à corte de Públio Daciano e confessou ser uma cristã, ofendeu os deuses pagãos e, como tal, o imperador romano Maximiano decidiu matá-la. A única foram de se salvar seria se Eulália fizesse um sacrifício aos seus deuses romanos. A jovem natural de Mérida recusou.
O seu destino foi assustador. Dois carrascos rasgaram os seus membros e usaram ganchos e garras para fazer cortes profundos no seu corpo, expondo as costelas. Essas feridas foram então cobertas com óleo a ferver e o seu corpo foi queimado com tochas. Diz-se que Eulália não fez qualquer som durante o seu suplício, a não ser para bendizer o Senhor.
Santa Margarita Clitherow: esmagada até à morte
Margaret Clitherow foi uma santa e mártir inglesa da Igreja Católica Romana, conhecida como “a Pérola de York”. Foi canonizada, em 1970, pelo Papa Paulo VI.
Infelizmente para Margaret, o seu marido denunciava os fiéis católicos às autoridades isabelinas, incluindo a sua própria esposa. Inicialmente, Margaret foi simplesmente multada. Quando deixou de frequentar a igreja, foi detida.
Na altura, os católicos começaram a esconder padres nas suas casas, muitas vezes disfarçando-os de professores ou tutores dos seus filhos. Margaret decidiu fazer exatamente isso e começou a abrigar padres católicos fugitivos. Rapidamente foi apanhada.
Ela foi esmagada até à morte por recusar contestar a acusação de abrigar padres católicos. Margaret foi deitada no chão com uma pedra afiada colocada de forma que cravasse nas suas costas. Uma porta carregada com pesados foi colocada sobre ela, e Margaret foi esmagada até à morte. Em 15 minutos, quase todos os ossos do seu corpo estavam partidos e ela estava morta.