Antigo primeiro-ministro de Itália, “amado e odiado”, tinha 86 anos e sofria de leucemia.
O antigo primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi morreu hoje num hospital em Milão.
Berlusconi, 86 anos, estava internado no Hospital San Raffaele desde sexta-feira.
Tinha sido internado nos cuidados intensivos há dois meses, quando lhe foi diagnosticada uma leucemia.
Entretanto teve alta mas, na sexta-feira passada, uma infecção pulmonar colocou-o de novo num hospital.
Berlusconi foi o político mais influente em Itália, ao longo deste século.
Era o “melhor líder político do mundo”, segundo o próprio.
Primeiro-ministro do país em três fases, começou a liderar o país em 1994 e, com intervalos, fechou o ciclo apenas em 2011.
Ao todo, foi primeiro-ministro durante 9 anos – um recorde no Itália pós-II Guerra Mundial, num país que muda constantemente de líderes políticos. Os 5 anos consecutivos no cargo (2001-2006) são também um recorde desde 1945. Em toda a História de Itália, só Mussolini e Giolitti ocuparam o cargo durante mais tempo.
Conservador, ligado por muitos à extrema-direita, abriu espaço para uma nova forma de fazer política – a actual primeira-ministra Giorgia Meloni foi uma das suas “alunas” – e os analistas políticos consideram que nem deixou sucessor à altura. Falava “a linguagem do povo” e deu novo protagonismo ao populismo político.
Mais recentemente, foi para Bruxelas: era eurodeputado (o mais velho de todos), integrado no grupo parlamentar do Partido Popular Europeu.
A sua importância espalhou-se para a comunicação social (fundou e era proprietário da Mediaset) e para o desporto (foi proprietário do AC Milan e do AC Monza).
Antes, muito antes, tinha sido animador em barcos de cruzeiro – era um homem do espectáculo, onde cantava e contava anedotas. Um comunicador, tal como viria a mostrar na televisão.
Estudou Direito, intrometeu-se no mundo dos negócios e mais tarde passou a ser o homem mais rico de Itália (a origem da fortuna foi sempre uma dúvida).
Também se envolveu em casos polémicos relacionados com corrupção, fraude fiscal e escândalos sexuais – foi condenado a quatro anos de prisão por fraude fiscal em 2013, expulso do Senado no mesmo ano.
Entre o seu gosto por mulheres bonitas – dizia o próprio, publicamente – e por “acompanhantes de luxo”, houve um pedido de divórcio e um processo por prostituição de menor e abuso de poder. A sua esposa era 53 anos mais nova.
Chegou a comparar um eurodeputado com um nazi, chamou “bronzeado” a Obama e era amigo de Kadhafi e Putin.
“Muitos amavam-no, muitos odiavam-no”, resumiu outro antigo primeiro-ministro, Matteo Renzi, que admitiu que Silvio Berlusconi “fez história” em Itália.
Nasceu a 29 de Setembro de 1936, filho de um bancário. Morreu aos 86 anos.
Finalmente , há ramos podres que acabam por cair sem precisar de podas !
Um verdadeiro Italiano, vindo da Classe-Média foi um homem que subiu a pulso, carismático, soube conquistar o coração dos Italianos e jogar com o Sistema em favor do Interesse Nacional da Itália e do seu Povo, era amigo do Presidente Vladimir Putin.
Ficará para história a forma como meteu na linha – com o desprezo e zombaria que gente medíocre merece – a ex-Chanceler da República Federal da Alemanha RFA), Angela Merkel, e a Governante do regime da Inglaterra, Isabel Maria.
Hahahaaaaa… ironia, espero!…
Não me surpreendeu… Este iluminado costuma vir aqui dar Alberto João Jardim como uma referência na democracia portuguesa.