Morreu o orangotango que “aprendeu a falar”

(dr) Atlanta Zoo

Chantek, o orangotango que “aprendeu a falar”

O orangotango Chantek morreu, na terça-feira, aos 39 anos e foi um dos primeiros primatas a aprender linguagem gestual. As causas da morte são ainda desconhecidas.

Foi criado como um filho, pela antropóloga com quem viveu, Lyn Miles. Além de linguagem gestual, o primata limpava o seu quarto, conseguia utilizar ferramentas e sabia o caminho para um restaurante vizinho.

Os seus 39 anos – uma idade muito avançada para a sua espécie – e os problemas cardíacos que tinha levaram a melhor, apesar de ainda não estarem confirmadas as causas da morte, que será “muito sentida aqui no zoo de Atlanta”, informou em comunicado a vice presidente do jardim zoológico.

“Tinha uma personalidade única, envolvente e especial em muitas formas, no modo como se relacionava e comunicava com aqueles que o conheciam melhor. Foi um privilégio tê-lo connosco durante 20 anos e ter a oportunidade de lhe oferecer um ambiente naturalista onde ele pudesse conhecer e viver com a sua família de orangotangos”, lê-se na informação sobre o luto da família do símio.

Chantek, nascido no Centro de Investigação Regional de Primatas de Yerkes – onde foi “adotado” por Lyn – era um dos mais velhos orangotangos dos zoos norte americanos. Como ele, só o gorila Koko e a chimpanzé Washoe sabiam utilizar a linguagem gestual americana.

Em 1997 foi transferido para o zoo de Atlanta, onde costumava comunicar com os funcionários através da linguagem gestual, algo que se retraia em fazer com estranhos, devido à sua personalidade tímida.

Chantek foi ainda protagonista do documentário “The Ape Who Went to College” (“O macaco que foi à universidade”, numa tradução literal) lançado em 2014, que mostrava as habilidades que o orangotango tinha aprendido.

Em 2016 passou a contar com um regime médico especial devido aos problemas cardíacos, que entretanto se agravaram. Passou a ser alimentado com uma dieta com pouco sódio e foi o primeiro orangotango que, acordado e sem oferecer resistência, foi submetido a um eletrocardiograma.

A falta de Chantek será “para sempre sentida pela sua família”.

ZAP //

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