O jornalista desportivo norte-americano Grant Wahl, que recentemente foi notícia no Qatar por vestir uma t-shirt arco-íris de apoio a pessoas LGBT+, morreu enquanto cobria os quartos-de-final do Mundial entre a Argentina e os Países Baixos.
Grant Wahl, de 48 anos, “sentiu-se mal na tribuna da imprensa do Estádio Lusail”, disse um porta-voz do comité supremo da organização.
O jornalista recebeu imediatamente tratamento médico de emergência durante a sua transferência de ambulância para o Hospital Geral Hamad, em Doha.
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, enviou à mulher, família e amigos do jornalista as “sinceras condolências” em nome entidade dirigente do futebol mundial e da “comunidade futebolística”.
Wahl escreveu um livro sobre David Beckham, cobriu oito campeonatos do mundo masculinos consecutivos e trabalhou para a famosa revista Sports Illustrated, de 1996 a 2020, antes de se juntar à CBS Sports, em 2021.
De acordo com a estação de rádio norte-americana NPR, o jornalista desmaiou na tribuna da imprensa pouco antes de se iniciarem os penáltis no jogo que qualificou a Argentina para as meias-finais do Mundial 2022.
O irmão do jornalista, Eric Wahl, suspeita que esteja em causa um assassinato.
“Sou homossexual, sou a razão pela qual ele usou a camisola arco-íris no Mundial. O meu irmão era saudável, disse-me que recebeu ameaças de morte“, escreve Eric numa publicação nas redes sociais que é citada pela revista People.
“Não acredito que o meu irmão tenha simplesmente morrido. Acredito que foi assassinado, e peço alguma ajuda”, acrescenta Eric.
Jornalista tinha revelado problemas de saúde
Há alguns dias, Grant Wahl comentou no seu boletim informativo online que tinha ido a uma clínica no centro dos media.
“Disseram-me que provavelmente tinha bronquite“, escreveu. “O meu corpo finalmente desistiu de mim. Três semanas com pouco sono, muito stress e trabalho podem ter esse efeito”, relatou, frisando que sentiu “a parte superior do peito a assumir um novo nível de pressão e desconforto”.
A mulher do jornalista, Celine Gounder, famosa especialista em doenças infecciosas que apareceu na televisão várias vezes durante a pandemia de covid-19, escreveu no Twitter que estava “completamente em choque”.
I am so thankful for the support of my husband @GrantWahl‘s soccer family & of so many friends who’ve reached out tonight.
I’m in complete shock. https://t.co/OB3IzOxGlE
— Céline Gounder, MD, ScM, FIDSA 🇺🇦 (@celinegounder) December 10, 2022
“Entristece-nos profundamente saber da morte de Grant Wahl”, escreveu no Twitter o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price.
“Grant fez do futebol o trabalho da sua vida e nós estamos devastados por ele e por a sua brilhante caneta já não estarem connosco”, escreveu a Federação de Futebol dos EUA numa nota de imprensa.
Grant Wahl esteve detido por usar camisola arco-íris
Antes do jogo EUA-Gales (1-1) de 21 de Novembro passado, Wahl tinha sido detido pelo pessoal de segurança no estádio Ahmad Bin Ali por usar uma T-shirt arco-íris de apoio à causa LGBTQI+, como escreveu no Twitter.
“Um agente da segurança disse-me que a minha camisola era política e que não estava autorizada. Outro negou-se continuamente a devolver-me o telefone. E outro guarda gritou-me que tinha que a tirar”, relatou o jornalista, que revelou ter estado detido durante uns 25 minutos.
Free to read: What happened when Qatar World Cup security detained me for 25 minutes for wearing a t-shirt supporting LGBTQ rights, forcibly took my phone and angrily demanded that I remove my t-shirt to enter the stadium. (I refused.) Story: https://t.co/JKpXXETDkH pic.twitter.com/HEjr0xzxU5
— Subscribe to GrantWahl.com (@GrantWahl) November 21, 2022
No Qatar, a homossexualidade é crime.
ZAP // Lusa
Devia era ser sempre assim que um destes badamecos iluminados desrespeita-sem a cultura de um pais, retirados logo do mapa.
E o Senhor, para além de outras coisas, deveria aprender a escrever português.
Em português escreve-se: desrespeitassem.
Todo o enunciado é tão primitivo e errado como o seu conteúdo.
Existem dois erros de concordância entre sujeito e predicado e falta um verbo auxiliar na última frase.
Não os corrijo, porque me obrigaria a repetir o desrespeito por todos os que tèm a coragem de denunciar o atropelo dos direitos humanos.